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Centro Hospitalar do Baixo Vouga celebra 5.º aniversário com debate sobre a reforma hospitalar

Além de um momento musical e de várias homenagens, que serão prestadas na sessão solene, o programa de comemorações do 5.º aniversário do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) contempla a realização de um debate sobre a reforma hospitalar, que será moderado por Fernando Regateiro, coordenador nacional para a reforma do SNS na área dos cuidados de saúde hospitalares e professor catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra.

Nesta sessão, intitulada "MARÉS: A Reforma Hospitalar", participam igualmente Paulo Mendo, Correia de Campos, Ana Jorge e Luís Filipe Pereira.

No âmbito do programa, que decorre ao longo do dia 2 de março, realiza-se também a mesa redonda "O CHBV faz bem", dedicada às boas práticas, com intervenções sobre a unidade de cuidados paliativos, a cirurgia de ambulatório, a intervenção comunitária na saúde mental e a Enfermagem.

Não é no hospital "que tudo se resolve"

Em entrevista à Just News, a propósito da sua participação num outro evento sobre a reforma hospitalar, Fernando Regateiro sublinhava a importância de se “mudar a cultura de que é no hospital que tudo se resolve”. 

Na sua opinião, “a reforma hospitalar implica também uma mudança de mentalidade da população em geral, no sentido de se corrigir a ideia de que o hospital é o local adequado para dar resposta a todas as situações”.



Fernando Regateiro com Henrique Botelho, coordenar nacional para a reforma do SNS na área dos Cuidados de Saúde Primários.

Nesse sentido, "a sustentabilidade de bons cuidados de saúde hospitalares tem também de passar pelo investimento nos cuidados de saúde primários, porque muitos casos podem ser resolvidos nas unidades de proximidade".
 
E realçou as experiências-piloto que permitem a interligação entre os cuidados hospitalares e os de proximidade, como acontece na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, com a doença pulmonar obstrutiva crónica, ou no CHUC, na área da doença cardíaca. “Estas são experiências que estão a ter resultados muito satisfatórios e que vão ser avaliadas na perspetiva de virem a ser replicadas”, disse.

Os ganhos desta interligação são diretos e indiretos. “Ganha o utente ao conseguir bons cuidados de saúde, em proximidade, sem ter de perder dias de trabalho ou pagar a deslocação ao hospital. Ganha o erário público e ganham também os profissionais de saúde, com uma melhor realização e mais disponibilidade, com esta organização do seu trabalho”, justificou Fernando Regateiro.

Contratação direta de médicos pelos hospitais

Adiantou o responsável à Just News que outra temática que está a ser alvo de reflexão no seio da equipa para a reforma hospitalar diz respeito à contratação de médicos por empresas.

“Estamos a tratar esta questão, para a qual é necessário encontrar uma solução, porque a contratação direta pelos hospitais é menos onerosa, mas, sobretudo, porque é melhor contar com pessoas inseridas numa equipa, que comunicam entre si”, garantiu Fernando Regateiro.

Fernando Regateiro é professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) desde 2004. Entre os vários cargos que desempenhou, foi presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e do Conselho de Administração da ARS Centro e diretor do Centro de Histocompatibilidade do Centro.






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