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FMUL inaugurou primeiro Mestrado em Medicina Hiperbárica e Subaquática de Portugal

A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) é a primeira, em Portugal, com um Mestrado em Medicina Hiperbárica e Subaquática. Mamede Alves de Carvalho, subdiretor da FMUL, frisou, na sessão de inauguração do Mestrado, que “é uma área muito importante, na qual se deve apostar, quer na aquisição de conhecimentos como na investigação”. Este Mestrado, apresentado no Edifício Egas Moniz da FMUL, surge de uma parceria entre a FMUL e a Escola Naval.

Mamede Alves de Carvalho relembrou que a FMUL começou por ter uma disciplina optativa em Medicina Hiperbárica e Subaquática, tendo-se seguido uma pós-graduação. “A criação deste Mestrado foi, assim, uma evolução natural de uma área importante para a saúde”, acrescentou.



Os 13 alunos deste primeiro ano – estiveram presentes 8 na inauguração – vão ter aulas na FMUL, mas também na Escola Naval, tendo, inclusive, acesso a um curso de mergulho. Destinado a mestres e licenciados em áreas da Ciência Naval e da Biomedicina, a formação pretende ser uma forma de contribuir para o progresso dos conhecimentos científicos na área da bio-oceonagrafia, como fisiologia e fisiologia da imersão.


Alunos presentes na inauguração do Mestrado.

A Medicina Hiperbárica e Subaquática tem evoluído nos últimos anos, sendo, hoje em dia, conhecida como importante no diagnóstico, prevenção e tratamento dos vários tipos de lesões decorrentes da prática de atividades em meio subaquático. O seu desenvolvimento contribuiu ainda para o nascimento e desenvolvimento da oxigenoterapia hiperbárica.

Esta é uma das áreas em que a Marinha mais tem investido nos últimos anos face aos benefícios clínicos, como salientou Luís Santos Carvalho, médico da Escola Naval, e Alberto Escalda, membro da Comissão Científica do Mestrado.


Luís Santos Carvalho e Alberto Escalda.

Apesar desta aposta e de existir cada vez mais evidência científica sobre as vantagens da Medicina Hiperbárica e Subaquática, ainda é preciso formar mais pessoas nesta área e dá-la a conhecer a mais profissionais de saúde, como referiu Quaresma Guerreiro, médico da Escola Naval.




Quaresma Guerreiro.
 
“Esperemos que este seja mais um passo para que os médicos e os enfermeiros que vão participar neste Mestrado possam dar a conhecer melhor esta área da Medicina que, apesar de comprovada cientificamente, continua a ser vista com alguma desconfiança.” Uma realidade que leva, no entender de Quaresma Guerreiro, a que “muitos doentes sejam referenciados tardiamente ou nem cheguem a ter acesso a estes cuidados”.

Na sessão inaugural esteve presente J. Melo Cristino, presidente do Conselho Científico da FMUL.

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