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Novo bastonário da Ordem dos Médicos empenhado em «reforçar a relação médico-doente»

Miguel Guimarães é o novo bastonário da Ordem dos Médicos para o triénio 2017/2019. O urologista do Hospital de São João, de 54 anos, tem liderado nos últimos anos o Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM).

O médico sublinha "a elevação com que se apresentaram nesta disputa eleitoral" os restantes candidatos: Álvaro Beleza, Jorge Torgal e João França de Gouveia, reconhecendo "o importante contributo que prestaram para a mobilização dos médicos". Manifesta igualmente a "grande satisfação que se verifica num reforço muito expressivo da participação eleitoral, relativamente a votações anteriores".



"Implacáveis na defesa dos doentes"

Promover o "reforço da relação médico-doente" é um dos objetivos centrais de Miguel Guimarães, ideia que tem defendido em várias ocasiões, como aconteceu já este ano, na semana em que mais de 3800 jovens médicos iniciaram a sua formação pós-graduada.

"Sejam intransigentes na defesa e promoção da relação médico-doente e da dignidade e humanização do ato médico", referia o presidente do CRNOM, sublinhando que deverão ser "implacáveis na defesa dos doentes, denunciando práticas sem validade científica comprovada, exercício ilegal da medicina e publicidade enganosa".



O projeto que Miguel Guimarães apresentou à comunidade médica portuguesa, e que suscitou cerca de 70% de adesão, assenta igualmente "na valorização profissional dos médicos, na preservação da qualidade formativa dos internatos, na reorganização interna da Ordem dos Médicos e na participação ativa desta instituição na definição das políticas públicas de saúde". 

Ordem dos médicos ganhou nova dinâmica "na defesa dos doentes"

Relativamente ao bastonário que vai substituir, Miguel Guimarães considera que desenvolveu
 "um excelente trabalho e que, aliás, é reconhecido não só pelos médicos em geral, mas também pela própria sociedade civil".

Em entrevista à Just News, publicada numa edição do Jornal Médico, refere que a "Ordem dos Médicos aumentou o seu nível de responsabilidade" e que "é um desafio" dar continuidade ao trabalho desenvolvido por José Manuel Silva. Na sua opinião, "é um desafio porque conseguiu transpor a intervenção da Ordem dos Médicos, da ´nossa casa`, para a sociedade civil, que hoje ouve mais a Ordem, que acha que é de considerar aquilo que a Ordem vai propondo".

Assim, a apreciação de Miguel Guimarães vai no sentido de que "a presença pública da Ordem Médicos ganhou outra dinâmica na defesa dos doentes e do SNS".


Miguel Guimarães com o mandatário nacional da sua candidatura, Carlos Ribeiro, no dia da apresentação do projeto, em Lisboa.

"Assumir uma política sustentada de prevenção da saúde"

Questionado sobre o 
que há a fazer de inovador em termos de prevenção e promoção da saúde em Portugal, o novo bastonário da Ordem dos Médicos destacava na altura à Just News a necessidade de se "investir uma parcela maior do Orçamento de Estado para a Saúde em medidas que promovam hábitos físicos e alimentares saudáveis".

O objetivo é que, dessa forma, se possa "prevenir de forma eficaz as doenças crónicas (representam 80% do orçamento da Saúde) e monitorizar e tratar atempada e corretamente as mesmas doenças, no sentido de evitar as suas habituais complicações."

Na sua opinião, "um bom exemplo é a diabetes que, apesar de ter tido uma evolução positiva nos anos mais recentes, continua a ter um peso excessivo no orçamento da Saúde (cerca de 10%). Se tivermos menos doentes diabéticos gastamos menos, mas isso só vai acontecer se a promoção e a prevenção forem eficazes."

E sobre esta questão acrescenta: "Há, pois, que fazer aquilo que muitos países, como, por exemplo, a Holanda, já fizeram, ou seja, uma parte significativa do orçamento da Saúde tem que ser para promover a saúde e prevenir a doença".





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