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Rogério Gaspar é o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Farmacêuticas

Rogério Gaspar, vice-reitor da Universidade de Lisboa, é desde o passado dia 17 de fevereiro o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Farmacêuticas (SPCF).

“Trata-se de um desafio que abraço com enorme boa vontade e disponibilidade”, garante, mencionando ter como objetivos a mobilização de novos investigadores em Ciências Farmacêuticas, a abertura de novas áreas de conhecimento e o reforço das ligações internacionais, nomeadamente no quadro da European Federation for Pharmaceutical Sciences (EUFEPS).

Em declarações à Just News, Rogério Gaspar lembra que a SPCF foi criada em 1999, por iniciativa de um conjunto de investigadores da área das Ciências Farmacêuticas, referindo que “a característica fundamental da atividade da SPCF é ser, também, o braço português da EUFEPS”.

E acrescenta: “A Federação Europeia, que existe desde 1991, é uma organização que cristaliza, na Europa, mais de 20 sociedades nacionais, assim como mais de 12 grandes institutos de investigação em Ciências Farmacêuticas. Atualmente, representa 12 mil investigadores nesta área.”



Segundo refere, ao cristalizar à sua volta um conjunto de sociedades científicas que contribuem, direta ou indiretamente, para a área da investigação do medicamento, a EUFEPS acabou por constituir também o Pharmaceutical Sciences Leadership Forum (PSLF), que representa 120 mil investigadores na área Biomédica na Europa.

“A EUFEPS teve um papel fundamental no processo de constituição da parceria público-privada Innovative Medicines Initiative (IMI). A sua primeira ronda foi, na altura, financiada com cerca de 2000 milhões de euros, sendo 1000 milhões provenientes do 7th Framework Programme for Research and Technological Development (FP7) e 1000 milhões de euros in kind de um conjunto de empresas da Federação Europeia da Indústria Farmacêutica (EFPIA)”, explica Rogério Gaspar.

Mais tarde, em 2011-2012, segundo recorda o novo presidente da SPCF, a EUFEPS assumiu também a responsabilidade de iniciar a discussão com a EFPIA, com a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e, também, um conjunto de stakeholders, representando as associações de doentes, processo esse que alavancou uma segunda iniciativa, a IMI 2 (Innovative Medicines Initiative 2).

Esta segunda iniciativa alargou a área de intervenção, não apenas a empresas do setor farmacêutico, mas também da área das vacinas, da imagiologia médica e dos dispositivos médicos, que “está hoje financiada através do Horizonte 2020 a 50%, e atingindo um financiamento global, para os próximos anos, que vai ascender a 3276 milhões de euros neste setor na Europa”.

Neste momento, a Presidência do Conselho Científico do IMI2 é exercida por Beatriz Silva Lima, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e o seu diretor executivo é Pierre Meulien, que esteve em dezembro passado em Lisboa a reforçar a divulgação dos instrumentos de candidatura e financiamento.

“Ao longo dos anos, Portugal, através da SPCF, tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas, no sentido de mobilizar os investigadores em Ciências Farmacêuticas para esta agenda europeia", menciona Rogério Gaspar. 

Desta forma, acrescenta, "ao aceitar este desafio de presidir à SPCF, o meu objetivo central é não só recrutar para a Sociedade os brilhantes jovens investigadores que temos em Portugal, mas também acelerar o processo de internacionalização das Ciências Farmacêuticas a partir do nosso país, colocando igualmente cada vez mais portugueses em lugares de discussão e decisão nos fóruns europeus geralmente moderados pela EUFEPS".

A nova Direção da Sociedade, para o mandato 2016-2018, foi eleita a 17 de fevereiro e conta ainda com João Lopes, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, como vice-presidente. Integram também esta Direção João Nuno Moreira, da Universidade de Coimbra, Salete Reis, da Universidade do Porto, e António Alfaia, da Universidade de Lisboa.

Rogério Gaspar é doutorado em Farmácia pela Université Catholique de Louvain (Nanomedicina) e um dos membros fundadores da SPCF. Entre outras atividades, foi membro, durante quatro anos (2008-2012), da Comissão Executiva da EUFEPS e seu vice-presidente para o Science Policy (2011-2012). Assume, desde 2013, a função de vice-reitor para a investigação, empreendedorismo e transferência de conhecimento na Universidade de Lisboa.





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