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Tratamento da insuficiência cardíaca valvular por via percutânea em expansão

De acordo com Alberto Rodrigues, o tratamento valvular transcateter já “ultrapassou a fronteira da estenose aórtica” e evolui para a abordagem de outras válvulas (mitral, tricúspide) e para toda a síndrome da insuficiência cardíaca valvular. O cardiologista falava no âmbito da 6.ª Reunião do Grupo das Válvulas Aórticas Percutâneas da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (VaP-APIC).

O evento, que decorreu nos dias 26 e 27 de janeiro, teve lugar em Coimbra e foi dedicado ao tema “Válvula aórtica et al: o tratamento percutâneo da insuficiência cardíaca”.

Em declarações à Just News, o coordenador do Grupo VaP-APIC destacou a intervenção de Azeem Latib, de Milão (Itália), que falou sobre “Intervenção valvular tricúspide – onde estamos” e apresentou um caso clínico com a utilização do dispositivo CardiobandÒ para o tratamento da insuficiência mitral severa. “Ficou bem demonstrado o imenso potencial de evolução das técnicas percutâneas para o tratamento destas patologias. O número de empresas envolvido e o número de dispositivos já em uso ou em investigação promete um futuro cheio de possibilidades”, apontou.

Outro dos momentos que realçou foi a apresentação do programa “Valve for Life”. Segundo Alberto Rodrigues, esta iniciativa europeia, da qual Portugal é membro oficial, pretende facilitar o acesso dos doentes valvulares ao tratamento percutâneo, com vista à redução da morbilidade e mortalidade associadas a esta patologia.

“O plano de intervenção incluirá ações de formação junto dos profissionais de saúde e iniciativas promotoras de informação à população em geral, usando os meios de comunicação social”, adiantou.



Falou-se ainda sobre a utilização da válvula aórtica transcateter (TAVI), tendo sido defendido, numa “provocadora” palestra de Giuseppe Tarantini, de Pádua (Itália), o tratamento percutâneo para todos os doentes com estenose aórtica severa de idade superior a 75 anos. O tema, que foi discutido por cardiologistas e cirurgiões, “não é de todo consensual”, mas, de acordo com o coordenador do Grupo VaP-APIC, “os cirurgiões não deixaram de defender os méritos da técnica cirúrgica, com amplas provas dadas”.

Foram apresentados casos clínicos que versaram sobre “situações complexas e desafiantes” para a implantação de TAVI, possibilitando a partilha de experiências entre os vários centros e operadores.

Alberto Rodrigues realçou ainda a multidisciplinaridade envolvida na realização da reunião, com a participação de várias especialidades e subespecialidades: Cirurgia, Cardiologia, Anestesia, Medicina Interna, Medicina Geral e Familiar e Imagiologia Cardíaca.


Alberto Rodrigues com Rui Campante Teles, presidente da APIC, e Bruno Melica, da Comissão Organizadora.




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