Opinião
As Bodas de Prata das Jornadas de MGF de Évora
Maria Helena Gonçalves
Delegada de Évora da APMGF
Maria Helena Gonçalves
Delegada de Évora da APMGF
As 25.as Jornadas de Medicina Geral e Familiar (MGF) inserem-se nas atividades da Delegação de Évora da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF). Para perceber melhor a evolução das atividades, temos de recuar cerca de 30 anos…
As atividade da então Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral iniciaram-se em 1984/1985, com a constituição da Delegação Regional de Évora. Foi nessa altura organizado o primeiro Encontro de Clínica Geral.
Posteriormente, verificou-se um interregno da atividade associativa na Delegação de Évora, mas em 1989 um grupo de colegas de vários centros de saúde do nosso distrito resolveu organizar as primeiras Jornadas de Clínica Geral de Évora e, desde então, esta delegação tem mantido uma atividade associativa regular.
As Jornadas de MGF foram um dos primeiros eventos deste género organizados pelos e para os médicos de MGF e que, acompanhando as evoluções do País, da Medicina, da APMGF e da evolução pessoal de cada elemento que organiza, participa e/ou assiste a este evento, tem motivado a manutenção, de uma forma
regular, da realização das Jornadas ao longo deste quarto de século.
É, pois, um orgulho termos chegado às nossas Bodas de Prata. E dado ser um evento comemorativo dos 25 anos, pensámos ser interessante ouvirmos os ex-presidentes da nossa associação, e ouvi-los falar, de uma forma paralela, sobre a evolução ao longo deste período da própria APMGF. Será uma perspetiva evolutiva curiosa, com a participação de elementos representativos da nossa associação.
Mas teremos ainda três mesas clínicas, a primeira abordando a DPOC, com um ponto de situação a nível nacional, a abordagem terapêutica atual e com um
“cheirinho” sobre reabilitação respiratória, a segunda mesa falando sobre dor e sua abordagem, segundo as mais recentes armas terapêuticas, e, finalmente, uma mesa sobre alcoolismo, tema sempre presente, reforçando os encaminhamentos e tratamentos possíveis, bem como quais os grupos de apoio disponíveis e sua atuação.
Terminamos com uma conferência com um tema sugestivo: “A construção da Saúde”, pelo Dr. Mário Jorge Santos.
As nossas Jornadas têm várias imagens de marca, mas penso que o elemento mais evidente são as capas dos nossos programas. Assim, ao longo dos últimos 25 anos, temos “bisbilhotado” tanto em Évora, como arredores, as formas, feitos, arranjos, simetrias e particularidades das múltiplas janelas alentejanas que utilizámos desde a primeira edição e que nunca repetimos.
Como para o programa das 25.as Jornadas de MGF de Évora teríamos de ter uma janela de destaque… representativa… marcante, tal como é esta edição, surgiu a ideia de reunir todas as janelas desde a primeira edição.
Se tiverem a paciência e curiosidade de analisá-lo, verificam que nos permitiu juntá-las de forma a mostrar a evolução que existiu desde o primeiro programa, no fundo, também elas evoluindo connosco ao longo destes 25 anos...
As nossas entrevistas aos colegas que convidamos a participar anualmente são, por razões logísticas, centralizadas em Évora, embora a equipa já se tenha deslocado a várias cidades e vilas do distrito, entrevistando também utentes sobre os temas que vão ser tratados nas Jornadas e são parte introdutória de todas as mesas de trabalho e conferências.
Outras particularidades têm a ver com o toque de chamada para o início das sessões, mas isso deixarei como curiosidade para os colegas que arrisquem a acompanhar-nos nos nossos trabalhos, de forma a não estragar a surpresa…
Finalmente, e porque não vivemos só do trabalho e pensando nos momentos de lazer, nos últimos anos, tentámos incentivar a participação de todos os colegas numa exposição de fotografias que se encontra em permanência durante toda a duração dos trabalhos das Jornadas de MGF de Évora. Todos os trabalhos serão bem-vindos.
No futuro, esta Delegação pretende manter a organização das Jornadas de MGF, representando a APMGF, apoiando a formação contínua dos colegas e sempre pugnando pela defesa dos princípios da Medicina Geral e Familiar.
Artigo publicado na edição de fevereiro do Jornal Médico.