GEMMeeting: «Uma plataforma que aproxima a MGF dos cuidados secundários e terciários»
“A interface entre as especialidades hospitalares e os cuidados de saúde primários deve ser feita, de forma inequívoca, em congressos multidisciplinares.” Quem o defende é Vítor Nogueira Rego, interno de Medicina Geral e Familiar e membro da Comissão Organizadora do GEMMeeting 2020.
O evento, que decorreu este ano pela primeira vez em formato online permitiu, mesmo assim, “continuar a criar pontes de comunicação e de aproximação inquestionáveis entre colegas”.
Vítor Nogueira Rego
Fazendo um balanço positivo da edição deste ano do GEMMeeting, o médico realça que esta reunião anual acaba por ser “uma plataforma que permite aprimorar a consultoria e referenciação para os cuidados de saúde secundários”.
Recorde-se que o primeiro encontro teve lugar há cinco anos, por iniciativa de um grupo de internos de formação específica em MGF dos ACES Gaia e Espinho/Gaia, após a criação da Associação Médica de Gaia e Espinho.
“O objetivo primordial que levou à organização desta iniciativa foi colmatar algumas das lacunas formativas do programa curricular do internato e de aproximar os CSP dos secundários e terciários”, refere Vítor Nogueira Rego.
Inês Almeida e Isabel Abreu
A sua colega Inês Almeida, copresidente da CO, não tem dúvidas em afirmar: “Acreditamos que uma formação de excelência passa exatamente pela multidisciplinaridade e diversidade da oferta formativa e que apenas investindo nos internos poderemos criar especialistas qualificados e motivados para fazer a diferença pela Saúde em Portugal.”
Na edição de 2020 do GEMMeeting, a organização contou com cerca de 300 inscrições e 137 pósteres científicos e comunicações orais a concurso. Números que, no entender de Isabel Abreu, que copresidiu igualmente à CO, demonstram o que foi também visível na prática clínica destes últimos meses de pandemia:
Elementos da Comissão Organizadora
“É incontornável a aprendizagem que adveio desta situação única e especial. A capacidade de resiliência, de adaptação e de luta que os internos demonstraram, e demonstram, só veio reforçar o papel basilar que têm no nosso Serviço Nacional de Saúde.”
No próximo ano espera-se poder vir a realizar-se um evento presencial, mas, mesmo que esse desejo não venha a concretizar-se, fica sempre uma garantia: “Será certamente um GEMMeeting inovador, diferenciador, preparado para aceitar e ultrapassar qualquer desafio e que vai sempre colocar a formação de qualidade como o foco da sua existência.”
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