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Acidente Vascular Cerebral: «A reabilitação ainda é desigual em Portugal»

A reabilitação do AVC ainda é desigual, o que se deve a políticas de saúde e não à competência dos profissionais. É desta forma que Catarina Aguiar Branco, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR), vê a realidade nacional da reabilitação de pessoas com AVC.

O alerta de Catarina Aguiar Branco surge a propósito do Dia Nacional do Doente com AVC, assinalado a 31 de março, e de uma campanha nacional que está a decorrer nos hipermercados Jumbo, que conta com o apoio da SPMFR, juntamente com a Sociedade Portuguesa de Neurologia (SPN), presidida por Vítor Oliveira.

Nesta ampla ação de sensibilização sobre o acidente vascular cerebral, tem sido distribuído a largas dezenas de milhares de portugueses, de norte a sul do país, um jornal gratuito com um conjunto de dados práticos e relevantes sobre o AVC. A iniciativa tem também o apoio do Grupo Auchan (Jumbo) e o patrocínio da Bayer e da Nutricia.



O jornal conta com o contributo de Vítor Oliveira, presidente da SPN, e de Catarina Aguiar Branco, que esclarecem alguns aspetos relacionados com a prevenção primária e secundária e com o processo de reabilitação de quem sofre um AVC. Sobre esta última matéria, a fisiatra considera que têm existido melhorias nos últimos anos, mas “há um longo caminho a percorrer”. Sublinha “as desigualdades que ainda se fazem sentir quando pensamos em unidades que ajudam estes doentes na reabilitação, para poderem ter uma vida com mais qualidade” e dá um exemplo concreto:

“No Interior, sabe-se que existe menos assistência em termos de ambulatório, na fase aguda e pós-aguda, mas devido a políticas de saúde e não ao trabalho desenvolvido pelos profissionais.”

São diferenças claras, mas apenas em termos quantitativos, porque “a qualidade dos serviços prestados é igual no Interior e no Litoral, o empenho e o profissionalismo são os mesmos”. Quanto aos cuidados domiciliários, Catarina Aguiar Branco acredita que estes devem ser prestados "sempre fazendo parte de uma rede integrada" e relembra que "não são a solução, apenas parte da mesma, por um determinado período de tempo ou para certos doentes".


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