Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem celebra 35.º aniversário
São 35 anos dedicados à "transformação de conhecimento em aplicações inovadoras que visam melhorar os cuidados de saúde e promover o bem-estar da população". Ao longo deste período, a Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI) tem-se destacado a nível internacional pela participação e coordenação de estudos clínicos, desenvolvimento de tecnologias de imagem médica e classificação de exames oftalmológicos.
Atualmente, a AIBILI é responsável pela coordenação de 2 estudos clínicos multinacionais com financiamento europeu, nas áreas de retinopatia diabética e degenerescência macular associada à idade.
Um futuro "ainda mais brilhante"
“A AIBILI tem três tempos", afirma Conceição Lobo, presidente da AIBILI, que desenvolve a ideia: "
Um passado, do qual muito nos orgulhamos, em que contribuiu para o posicionamento de Coimbra e Portugal como referências internacionais em investigação clínica em oftalmologia. Um presente, no qual temos uma extensa e especializada equipa que apoia investigadores, empresas farmacêuticas e outras instituições ligadas à saúde na realização de investigação clínica."
E quanto ao futuro? "Esperamos ser ainda mais brilhante, com cada vez mais parcerias nacionais e internacionais, que permitam a identificação de biomarcadores de imagem para monitorização da progressão de doenças associadas ao envelhecimento, análise automática de imagens e inteligência artificial com aplicação no diagnóstico preventivo e em medicina personalizada."
"Processos muito morosos, que exigem uma equipa dedicada"
Cecília Martinho, CEO da AIBILI, aproveita a ocasião para alertar para "a falta de uma cultura de investigação clínica no Serviço Nacional de Saúde". Uma realidade que, "associada à ausência de tempo dedicado a esta atividade, torna extremamente desafiadora a conciliação entre a investigação e a prática clínica".
Ou seja, "pensar ciência, escrever protocolos, realizar candidaturas e obter financiamento são processos muito morosos, que exigem uma equipa dedicada, sendo muitas vezes infrutíferos, pela elevada competitividade em conseguir financiamento".
De acordo com a responsável, a AIBILI tem "uma estrutura reconhecida internacionalmente que dá resposta a muitos destes desafios, nomeadamente, o desenho, planeamento, implementação e coordenação de estudos clínicos assim como um Data Centre certificado pelo ECRIN para a recolha, gestão e armazenamento de dados clínico de acordo com todos os requisitos regulamentares.”
Conceição Lobo e Cecília Martinho
Fundador venceu prestigiado prémio mundial
Fundada em 1989, a AIBILI é um Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) na área da saúde dedicada ao desenvolvimento e investigação clínica de novos produtos para terapia médica e diagnóstico por imagem.
O seu fundador, José Cunha-Vaz, professor catedrático emérito de Oftalmologia da Universidade de Coimbra e atual presidente honorário, tem uma vida marcada por descobertas científicas, desde 1960, em Inglaterra, EUA e Portugal, que influenciaram gerações de investigadores e tiveram um grande impacto na prática clínica.
A sua contribuição para o avanço da ciência tem sido amplamente reconhecida tanto a nível nacional quanto internacional, através da atribuição de diversos prémios, com destaque para o Helen Keller Prize for Vision Research, um dos prémios mundiais mais prestigiados na área da investigação em oftalmologia.
A AIBILI coordena, a partir de Coimbra, a Rede Europeia de Centros de Investigação Clínica em Oftalmologia (EVICR.net), composta por 95 centros de 16 países e tem como objetivo reforçar a capacidade da União Europeia para estudar doenças oftalmológicas e desenvolver e otimizar a utilização de estratégias de diagnóstico, prevenção e tratamento em oftalmologia.