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APSI celebra 25 anos a «promover a segurança infantil em Portugal»

A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) comemora, este ano, um quarto de século. Neste âmbito, organiza, a 12 de outubro, em Lisboa, uma conferência intitulada “Crianças mais seguras - 25 anos APSI”, na qual será efetuado um balanço do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por esta Associação e apresentados novos dados sobre a evolução dos acidentes em Portugal.

Em entrevista à Just News, Sandra Nascimento, presidente da APSI, afirma que a Associação tem atuado em cinco grandes áreas: segurança rodoviária, segurança na água, segurança em casa, na escola e nos espaços de recreio, lazer e desportivos. Conforme refere, “estas áreas incidem nos ambientes onde as crianças vivem e brincam e onde se concentra também o maior número de ocorrências de acidentes”.

"Menos crianças a morrer e a serem internadas"

De acordo com a responsável, 25 anos depois, o balanço é positivo: “Hoje em dia, há menos crianças a morrer e a serem internadas na sequência de um acidente, apesar de esta ser ainda a primeira causa de morte, sobretudo em determinadas idades. Estamos não só a poupar vidas, mas, em muitos casos, incapacidades que, muitas vezes, comprometem a qualidade de vida, a felicidade e o bem-estar das crianças.”



Sandra Nascimento refere, por exemplo, que, em 2008, um relatório do European Transport Safety Council revelou que Portugal foi o país que, naquele ano, mais reduziu a taxa de mortalidade infantil por acidente rodoviário. Por sua vez, no último relatório da Aliança Europeia de Segurança Infantil, publicado em 2012, o nosso país estava abaixo da média europeia na taxa de mortalidade por acidente em crianças e jovens.

Ora, “apesar de APSI não ser a única responsável por estes resultados, teve um papel determinante, dado que conseguiu trazer para a opinião pública a discussão de problemas e assuntos que até então não eram discutidos, como, por exemplo, a questão de se ter uma cadeirinha de criança no automóvel”.

Eixos de intervenção

As campanhas frequentes sobre a utilização correta das cadeirinhas dos bebés e crianças nos veículos e sobre a importância da proteção das piscinas, alertando que “a morte por afogamento é rápida e silenciosa”, são duas das imagens de marca da APSI. Aliás, a Conferência desta quinta-feira integra uma mesa redonda especificamente sobre "O tTransporte da criança no automóvel".

Contudo, são várias as iniciativas que têm sido desenvolvidas pela APSI em diversas áreas ao longo destes 25 anos, como é o caso das campanhas que alertam e sensibilizam para a colocação de guardas seguras nas varandas, evitando as quedas. 

Por outro lado, e além um serviço de aconselhamento e informação às famílias, a APSI tem apostado na investigação, através do desenvolvimento de diversos estudos, e intervém também na formação, dirigida a todos os profissionais que têm alguma responsabilidade na segurança da criança.



De acordo com Sandra Nascimento, a APSI percebeu, desde o início, que havia muito desconhecimento sobre a forma como os acidentes ocorriam: "Não havia noção ou informação sobre quais eram as medidas, as estratégias mais eficazes para reduzir o impacto dos acidentes e as suas consequências mais graves, que denominamos de traumatismos e ferimentos não intencionais."

A Conferência dos 25 anos da APSI conta com a intervenção de especialistas como Mário Cordeiro, pediatra, Francisco George, diretor-geral da Saúde, Dulce Rocha, presidente do Instituto de Apoio à Criança, e Carlos Neto, professor catedrático na Faculdade de Motricidade Humana.
 

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