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Campanha apela ao rastreio do cancro do colo do útero

Em Portugal, morre uma mulher por dia com cancro do colo do útero. Em cerca de 99% dos casos, este cancro é causado pela infeção persistente do vírus do papiloma humano (HPV), sendo por isso possível prevenir. É neste contexto que a Liga Portuguesa Contra o Cancro, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) e da Roche, lançou uma campanha de alerta para a importância dos testes de rastreio.



À margem do lançamento da iniciativa, Fernanda Águas, presidente da SPG, lembrou que este é o segundo cancro ginecológico mais frequente, a seguir ao do endométrio, que atinge, sobretudo, mulheres em idade reprodutora.

“O nosso objetivo é que mais senhoras participem nas ações de rastreio ou façam uma vigilância ginecológica anual”, referiu Fernanda Águas, ao falar da campanha, sublinhando que este é dos poucos cancros cuja etiologia é perfeitamente conhecida, havendo formas eficazes de o prevenir e detetar precocemente, para que o tratamento tenha maior sucesso.

Fernanda Águas aludiu ainda a um inquérito nacional, cujos resultados foram publicados este ano, que demonstra que cerca de 17% das mulheres nunca fizeram uma citologia (dentro da faixa etária para a efetuar). “Esta é uma situação que queremos ver eliminada. Todas as mulheres devem ter possibilidade de ser rastreadas”, disse.

Além da importância da vigilância e do rastreio, Fernanda Águas salientou que é também essencial estar informado acerca dos fatores de risco: “O cancro do colo do útero está muito relacionado com os comportamentos sexuais, logo as mulheres devem prevenir-se contra as infeções sexualmente transmissíveis, nomeadamente, com a utilização do preservativo, e ter hábitos de vida saudáveis, que certamente contribuirão para uma menor incidência das infeções e da doença.” 

Francisco Cavaleiro de Ferreira, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, afirmou que esta é uma doença silenciosa e que considera, por isso, ser necessário que se fale e que se atue em termos de prevenção.

“Considero que as pessoas estão, cada vez mais, alerta para as questões da saúde. Contudo, a prevenção em si é mais difícil de passar, pois, com os seus afazeres diários, nem sempre se dedica a atenção necessária a estas questões”, mencionou.

E acrescentou: “A nossa missão é precisamente essa, alertar as pessoas e sensibilizá-las para a prevenção e para a necessidade de fazerem testes de rastreio.”

A campanha contra o cancro do colo do útero foi lançada no Dia Internacional da Saúde Feminina, que se assinalou a 28 de maio, em Lisboa, e vai decorrer durante os meses de junho e julho, nos seguintes suportes: mil múpis distribuídos por todo o país; publicidade na imprensa, rádio, tv e internet; distribuição de 250 mil folhetos nas principais avenidas de Lisboa, Porto e Coimbra, em hospitais, unidades de saúde e cabeleireiros; produção de um filme de sensibilização pelos alunos da licenciatura de cinema, vídeo e comunicação multimédia da Universidade Lusófona, que conta com a participação de Fátima Lopes, Helena Isabel, Rita Ferro Rodrigues, Sílvia Alberto, Iva Domingues, Blaya, Maya e Carla Rocha. Será divulgado na televisão e nas redes sociais.



A sessão de lançamento contou, também, com a presença de Filipe Vale, professor da licenciatura de Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia da Universidade Lusófona, Sónia Rego, oncologista do Hospital d’Arrábida, no Porto, e Maria Fernanda Ferreira, testemunho de cancro de colo do útero.

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