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Casos de alergia a múltiplos alimentos são «cada vez mais frequentes»

“Alergia Alimentar - Patologias Emergentes” foi a temática da 17.ª Reunião da Primavera da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), que teve lugar este sábado, em Ofir.



Para a presidente da SPAIC, Elisa Pedro, este tema fazia todo o sentido pois “cada vez mais frequentes os casos de alergia a múltiplos alimentos, sendo alguns graves e complexos, verificando-se também uma maior persistência da patologia na passagem para a vida adulta”.

O aumento global das doenças alérgicas e a alteração do padrão alimentar nas sociedades ocidentais são as duas principais razões para a atual prevalência de 6% de alergia alimentar, segundo Elisa Pedro. “Tem-se verificado um crescimento no consumo de alimentos processados industrialmente, assim como a introdução de novos produtos alimentares e alergénios ocultos que contribuem para esta realidade.”



A presidente da SPAIC e imunoalergologista no Centro Hospitalar Lisboa Norte realçou, assim, a necessidade de um bom diagnóstico. “A alergia alimentar pode dar origem a reações graves, potencialmente fatais – como a anafilaxia -, acabando por ter um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e seus familiares, que compreende vários aspetos emocionais, sociais e económicos.” Na idade pediátrica é mesmo a principal causa de anafilaxia.

Face a isso, Elisa Pedro relembra a importância de se recorrer a uma consulta de Imunoalergologia. “Os casos suspeitos de alergia alimentar, quando não são investigados e diagnosticados adequadamente por um médico imunoalergologista, levam a dietas de evicção desnecessárias e até perigosas com potenciais consequências nutricionais graves, particularmente para crianças.”



A responsável alertou ainda para o facto de que “em cerca de 2/3 dos casos não se confirma a alergia alimentar, o que reforça a importância desta consulta para um estudo individualizado, que poderá passar por aconselhamento dietético, tratamentos específicos com indução de tolerância ou imunoterapia com alergénios alimentares”.

Além disso, “a alergia alimentar é frequentemente confundida com intolerância alimentar, quer pelos doentes, familiares e profissionais de saúde”. Como explicou, “a primeira pode dar origem a reações potencialmente fatais, enquanto a intolerância alimentar ocasiona, habitualmente, sintomas gastrintestinais”.



Na Reunião foram abordadas várias temáticas, como a expressão gastrintestinal da alergia alimentar com mecanismos não IgE mediados, a patologia associada ao trigo, o mito das intolerâncias alimentares, a importância do diagnóstico clínico e laboratorial, entre outras.

O evento foi organizado pela direção da SPAIC, em colaboração com o Grupo de Interesse de Alergia Alimentar da Sociedade e antecede a Semana Mundial da Alergia da World Allergy Organization (WAO), dedicada ao tema “Dermatite Atópica/Eczema”, e que decorre entre 22 e 28 de abril.

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