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Colposcopia: qualidade do exame que deteta o cancro do colo do útero é elevada

“As mulheres podem estar seguras de que, neste momento, a colposcopia (exame do colo do útero) tem um grau de qualidade muito alto”, afirmou à Just News José Alberto Moutinho, presidente da Secção de Colposcopia e Patologia do Trato Genital Inferior (SPCPCV) da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG). As declarações foram proferidas no âmbito da 181.ª Reunião da SPG, subordinada ao tema “Controvérsias em Colposcopia”, que decorreu no último fim de semana em Monte Real.

O diretor do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar de Cova da Beira adiantou que, no campo da patologia do trato genital inferior, as mulheres estão cada vez melhor diagnosticadas, havendo um leque grande de especialistas treinados na área da colposcopia.

As duas grandes preocupações atuais são o sobrediagnóstico e o sobretratamento. “Um dos grandes problemas é diagnosticar a mais, o que obriga a tratamento desnecessário. Com a preocupação de não virem a ter cancro do colo do útero, as pessoas fazem tratamentos exagerados, que não seriam necessários porque têm doenças que nunca iriam provocar a neoplasia”, afirmou, desenvolvendo que “a tecnologia e a ciência têm trazido coisas novas que ajudam a racionalizar os tratamentos”.

Segundo o presidente da SPCPCV, a incidência do cancro do colo do útero e das doenças pré-cancerosas tem vindo a reduzir-se significativamente, quer graças aos programas de rastreio, quer devido ao facto de as mulheres irem cada vez mais ao médico e fazerem as suas vigilâncias regulares, ainda que existam setores economicamente mais desfavorecidos, onde isso é mais problemático.

De acordo com José Alberto Moutinho, a reunião pretendeu “fomentar a discussão de algumas questões relacionadas com a prática da colposcopia e a patologia do colo do útero que ainda levantam algumas dúvidas”.

Em debate estiveram as controvérsias no diagnóstico, no HPV e em mulheres com diagnóstico CIN (neoplasia intraepitelial cervical). Além disso, teve lugar uma sessão sobre o rastreio do colo do útero em Portugal e duas conferências, uma acerca do interesse dos tratamentos termais na saúde reprodutiva da mulher e outra sobre “Laser, uma técnica em desuso”.

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