Hipertensão na criança: Sociedade de Pediatria vai promover «ações de educação nas escolas»
A propósito do Dia Mundial da Hipertensão, que vai ser assinalado a 17 de maio, o Grupo de Estudo da Hipertensão Arterial em Pediatria, da Sociedade Portuguesa de Pediatria, coordenado por Carla Simão, pretende sensibilizar pais, educadores e técnicos de saúde para o facto da hipertensão arterial poder afetar crianças e adolescentes.
Nesse sentido, serão realizadas, "nas escolas, ações de Educação para a Saúde relacionadas com esta temática". O objetivo é que, "com o apoio da comunidade escolar, as ações sensibilizem os mais novos e, através deles, os pais, os cuidadores e a população em geral".
Crescer sem hipertensão arterial é essencial
Carla Simão sublinha que "a hipertensão arterial (HTA) afeta crianças e adolescentes e é um fator de risco importante, independente e potencialmente reversível de doença cardiovascular e doença renal terminal em qualquer idade".
Por este motivo, a especialista explica que a medição da pressão arterial "deve ser realizada em todas as crianças a partir dos 3 anos, nas consultas de vigilância de saúde infantil, como recomendado no programa nacional de saúde infantil e juvenil da Direção Geral da Saúde".
A iniciativa do Grupo de Estudo da Hipertensão Arterial em Pediatria, que decorrerá sob o lema "Eu tenho direito a crescer sem hipertensão", salienta também a importância da promoção de uma vida saudável para toda a família.
Carla Simão indica que "a história familiar de HTA ou de doença cardiovascular na família em idade jovem (abaixo dos 55 anos nos homens ou dos 64 anos nas mulheres) é um fator de risco importante" e acrescenta: "A HTA é uma doença da família".
A pediatra nefrologista refere ainda que "a obesidade, o sedentarismo, os excessos alimentares, os estilos de vida associados a stress, a privação do sono, o tabagismo, a ingestão de álcool e drogas, o consumo de certos fármacos e alguns suplementos são fatores de risco que se podem prevenir".