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«Hospital das Artes» celebra os 40 anos do SNS com debate sobre a humanização do ambiente hospitalar

O Hospital de São Francisco Xavier acolhe, esta quinta-feira, um debate intitulado "A importância das artes na humanização do ambiente hospitalar". A iniciativa decorre no âmbito das comemorações do 40º Aniversário do Serviço Nacional de Saúde.
 
O evento terá início às 11h30, com uma intervenção musical de Pedro Jóia, e contará com a participação de Daniela Arnault, arquiteta, Fernando Esrich, diretor artístico da Operação Nariz Vermelho, Rui Sanches, artista plástico, Pedro Machado dos Santos, psicólogo, e terá como moderador Luis Campos, médico.

E foi precisamente por parte de Luís Campos, atual diretor do Serviço de Medicina desta unidade hospitalar, que surgiu a ideia de "transformar" o Hospital de São Francisco Xavier em Hospital das Artes. O projeto teve origem num convite formulado em 2005 pelo médico, então diretor do serviço de Urgência, a 22 artistas plásticos, que doaram 87 obras para o projecto "Arte na Urgência". Um espólio depois acrescido de nova doação de 37 obras em 2013.


Luís Campos

Entre os artistas estavam "alguns dos maiores artistas contemporâneos", refere o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, indicando os nomes de Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, Manuel Baptista, Fernanda Fragateiro,  Rui Sanches, Sofia Areal, Jorge Martins, Daniel Blaufuks, entre outros.

Aproveitando o "notável conjunto de azulejaria, existente desde a construção do hospital", bem como as obras que tinham sido doadas ao hospital, incluindo uma doação especial da Fundação Millenium, "desde julho de 2014 que o Hospital de São Francisco Xavier passou a designar-se Hospital das Artes".

Humanização com impacto na recuperação dos doentes

Em declarações à Just News, Luís Campos destaca a importância de se implementar esta cultura no Serviço e na unidade:

“Temos uma grande preocupação com todos os aspetos da humanização e do respeito pelos direitos dos doentes, traduzida em várias vertentes, como seja dar a informação adequada aos doentes ou às famílias, quando eles a pretendem."

Refere também que é dada "particular importância a todos os aspetos do ambiente que têm impacte na recuperação dos doentes, o que se designa por ‘ambiente para a cura’, tendo esta dinâmica impulsionado o hospital a assumir-se como Hospital das Artes, como forma de chamar a atenção para a importância das artes na humanização do ambiente".



Além de muitos quadros de artistas famosos contemporâneos nos quartos e corredores da unidade, a preocupação em promover a humanização fica também evidente também em outros aspetos, como na cor azul das paredes e das cortinas, uma cor que, segundo Luís Campos, tem um “efeito anti-stress”. O próprio hospital tem um piano e um órgão, "onde vêm pessoas tocar e os doentes podem ouvir".

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