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Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto dá início a formação para médicos de família

Arrancou há dias a primeira sessão de um ciclo formativo organizado pelo Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP). A iniciativa visa "melhorar os conhecimentos de Oftalmologia dos internos de Medicina Geral e Familiar (MGF)", explica Conceição Ornelas, diretora do Internato Médico do IOGP.


Uma iniciativa que contou com uma grande adesão dos médicos internos de MGF

O 1.º Curso Teórico-Prático de Oftalmologia para MGF do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto decorreu há dias, no auditório do IOGP, e, segundo a oftalmologista do IOGP, “esta formação constitui a primeira de várias ações educativas". Na sua opinião, tal justifica-se "por a informação nesta área ser manifestamente escassa nos cursos de Medicina e no Internato de MGF”.



Conceição Ornelas refere que esta ação, "organizada por internos para internos" visou fornecer “conhecimentos teórico-práticos básicos". O objetivo é claro:

"Contribuir para que o processo de tomada de decisões, quer de tratamento face a um diagnóstico, quer de referenciação à urgência ou especialidade de Oftalmologia, seja correto e adequado, quando confrontados com o doente que os consulta por uma situação oftalmológica, atuando assim de forma eficaz e segura."

A médica conta que o IOGP conta atualmente com seis internos, "estando a aguardar a vinda de mais um no próximo ano", tendo todos estes médicos participado ativamente na preparação e realização do curso.



A mais valia de ser "uma instituição monoespecializada"

O papel dos internos na realização do curso "é também uma forma de valorizar a sua formação numa instituição com história na área da Oftalmologia", considera a especialista, que destaca a mais-valia de se fazer o internato no IOGP:

"Esta é uma instituição monoespecializada, com História e que oferece a mais elevada capacidade logística e de equipamentos de diagnóstico e tratamento, constituindo-se uma referência técnica e científica nos cuidados que oferece nos campos da formação e da investigação."

Faz ainda referência às "condições de excelência para o desenvolvimento de competências, tanto a nível assistencial como de treino cirúrgico, de forma contínua e consistente ao longo dos quatro anos de internato". Por outro lado, faz questão de mencionar os especialistas "de elevada diferenciação nas diferentes áreas de especialização da Oftalmologia, com uma função importante de orientação na aprendizagem do interno.”


Conceição Ornelas com os seis médicos internos de Oftalmologia (Manuel Marques, Diogo Cabral, Pedro Rodrigues, Catarina Rodrigues, Rita Silva, Sara Frazão) e Sandra Barrão, diretora clínica

Único Instituto de Oftalmologia público 

A médica relembra que o IOGP "é o único Instituto de Oftalmologia público existente no país". Atualmente, "já com 129 anos de história, a sua missão é prestar serviços de saúde de qualidade no âmbito da Oftalmologia, constituindo-se como uma referência técnica e científica nos cuidados que proporciona e nos campos da formação e da investigação.”

Em janeiro de 2012, o IOGP integrou o Centro Oftalmológico de Lisboa, Unidade Assistencial e que, em 2013, evoluiu para Centro de Ambulatório em Oftalmologia. Para Conceição Ornelas, este foi um momento crucial para o Instituto: “Foi um passo importante para o aumento da efetividade, da qualidade dos cuidados e da eficiência na organização hospitalar, que possibilita a redução da lista de espera cirúrgica e ainda uma racionalização da despesa em saúde."


Conceição Ornelas 

Sublinha ainda que a cirurgia de ambulatório "acarreta múltiplas vantagens", especificando: "Menor taxa de complicações pós-operatórias, criação de menos ansiedade aos utentes, possibilidade de recuperação no ambiente familiar, regresso precoce às suas atividades diárias e um aumento da acessibilidade dos doentes à cirurgia.”

Técnicas e equipamentos conduziram a “mudança importante do papel do oftalmologista”

Questionada sobre os avanços na Oftalmologia, Conceição Ornelas destaca a evolução nas vertentes do diagnóstico e da terapêutica. “Este desenvolvimento abrange diferentes subespecialidades da Oftalmologia nomeadamente Retinas Médica e Cirúrgica, Glaucoma, Córnea, Implanto-Refrativa, Inflamação Ocular, entre outras.”

Contudo, não deixou de frisar que “ainda são enfrentados diariamente desafios, havendo ainda um longo caminho a percorrer para conseguirmos dar resposta adequada a algumas destas situações”.

E explica porquê: “A diferenciação e a adesão à tecnologia tornaram-se uma exigência para os serviços. Com os avanços em técnicas e equipamentos, verificou-se uma mudança importante no papel do oftalmologista e na qualidade do resultado oferecido ao paciente. A maior eficácia no diagnóstico, prevenção da doença e resposta terapêutica está extensivamente documentada.”


Rosário Cardoso (interna de MGF), Conceição Ornelas (diretora do Internato Médico), Erica Cardoso (presidente do Conselho Diretivo), Odete Afonso (enfermeira diretora), Sandra Barrão (diretora clínica) e José Emílio Fernandes (vogal executivo).



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