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Investigação nos hospitais: ultrapassar obstáculos com o Horizonte 2020

"Não é possível definir a oferta hospitalar sem considerar as componentes de investigação e inovação", referiu Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH). O responsável foi um dos intervenientes do workshop, realizado há dias no Infarmed, intitulado: "Como ultrapassar os obstáculos à investigação nos hospitais – Discussão de casos reais no Horizonte 2020".



Alexandre Lourenço defende que as instituições hospitalares devem desenvolver um conjunto de mecanismos internos para responder a esses desafios e avançou com a proposta de criação de um fórum de discussão que permita desenvolver uma agenda "dos hospitais para os hospitais", com o objetivo de apresentar soluções concretas aos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia.



O workshop dinamizado pela APAH visou dar a conhecer as linhas de financiamento  do Horizonte 2020 e, por outro lado, divulgar a experiência de vários profissionais envolvidos em projetos daquele que é o maior programa de investigação e inovação da União Europeia de sempre.



"Há oportunidades que não estão a ser devidamente aproveitadas", referiu Miguel Lopes, vice-presidente da APAH. Daí a necessidade de "identificar os constrangimentos que continuam a existir nos hospitais e que não nos permitem captar, de forma efetiva, os recursos que são colocados à nossa disposição".

Como explicou Patrícia Calado, delegada e ponto de contacto nacional para a Saúde no Horizonte 2020, cujo financiamento se situa perto dos 80 mil milhões de euros, as candidaturas para o ano de 2019 devem ser entregues até ao próximo mês de outubro.

O Horizonte 2020 assenta em três pilares fundamentais: excelência científica, liderança industrial e desafios societais. Neste último pilar, onde os principais desafios dizem respeito à Saúde, alterações demográficas e bem-estar, "Portugal participa em cerca de 60 projetos, com um investimento de aproximadamente 20 milhões de euros", referiu aquela responsável.

O painel dedicado à divulgação da experiência de participação em projetos do Horizonte 2020 contou com a presença de Celeste Barreto, diretora do Serviço de Pediatria Médica do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, João Forjaz Lacerda, coordenador do Núcleo de Cooperação Internacional da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e José António Pereira da Silva, diretor do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. 

No debate que se seguiu, Catarina Baptista, coordenadora do Grupo de Trabalho "Investigação em Saúde" da APAH, referiu que o Horizonte 2020 "é muito mais do que ensaios clínicos". Nesse sentido, defendeu a necessidade de desenvolvimento de uma cultura de investigação em saúde nos hospitais, através da constituição de equipas multidisciplinares, bem como a criação de incentivos financeiros nesse domínio. 


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