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Liberdade de escolha e humanização no SNS: «ir além do debate ideológico»

“Saúde e Liberdade - Liberdade de escolha e humanização no Serviço Nacional de Saúde” é o tema da palestra que decorre esta quinta-feira em Coimbra, a segunda do ciclo “Afetos e Saúde”. De acordo com Marília Dourado, uma das suas promotoras, embora a liberdade de escolha e a humanização seja uma questão que se levanta com frequência na Saúde, "não se pode considerar como resolvida".

A palestra, integrada na mencionada iniciativa, é organizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e pela Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a SIDA”, tendo o início agendado para as 17h00.

“Na maioria das vezes, as discussões sobre o assunto são sobretudo centradas no debate ideológico/político, sendo nós da opinião que temos de ir além disso, focando-nos no interesse e na qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos”, afirma a professora associada da FMUC.



Na sua opinião, “a liberdade de escolha no contexto da Saúde, assim como noutros, só pode colocar-se se houver alternativas de escolha, que, neste caso, não pode implicar concorrência, tal como é vista nas organizações económicas, pelas características próprias dos serviços de saúde".

Essa escolha deve, antes, ser entendida como "uma componente do bem-estar do doente e de promoção de eficiência e qualidade dos serviços prestados”.

"Analisar as experiências de outros"

Marília Dourado salienta que nos vários países onde este tema tem sido objeto de debate, foram tomadas diversas opções, umas mais liberais que outras, com resultados igualmente diferentes.

“Pensamos que a melhor maneira de contribuir para esta questão, que interessa a todos, é a de analisar as experiências de outros, procurando identificar as melhores  escolhas, que respondam às necessidades do maior número possível de cidadãos”, acrescenta.


Duarte Nuno Vieira, diretor da FMUC, e Filomena Frazão de Aguiar, presidente da Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a SIDA", durante a 1.ª palestra, em que foi assinado um protocolo com vista a uma "colaboração efetiva e próxima" entre as duas entidades.

Um debate "que possa dar informações claras"

O Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, será o primeiro orador a usar da palavra, abordando a temática “Liberdade de Escolha no Serviço Nacional de Saúde”.
Paula Távora Vítor, do Centro de Direito Biomédico da FDUC, falará sobre “Consentimento Médico – O Caso dos Adultos com Capacidade Diminuída”, abordando algumas das questões que se levantam nesta área do direito médico.

Já Maria de Jesus Cabral, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, centrará a sua conferência no tema “Medicina Narrativa: Uma Ponte Entre duas Culturas”.
A moderação do debate ficará a cargo de José Manuel Nascimento Costa, catedrático da FMUC.

“Todos os palestrantes, assim como o moderador, são profissionais de excelência, atentos e de elevada craveira humana com trabalho científico, académico e profissional reconhecido, nas áreas  que irão abordar”, destaca Marília Dourado.



A reunião, que decorrerá na subunidade 1 da FMUC - Polo III, é aberta a toda a comunidade, esperando-se “um debate esclarecedor, que possa dar informações claras, relevantes e válidas, a todos os que dele decidirem participar”.

A professora associada da FMUC recorda que primeira sessão deste ciclo de palestras, intitulada “Amores e desamores”, foi muito participada: “As pessoas manifestaram satisfação pelo tema escolhido e sobretudo pela forma como foi abordado, salientado a qualidade de todos os intervenientes, a quem aproveito para agradecer publicamente a participação brilhante, de todos. Sem dúvida, o balanço foi muito positivo.”

A próxima palestra terá lugar em outubro e, conforme explica Marília Dourado, tendo em conta o mês em que se realiza, "abordará a vivência dos afetos e a saúde no outono das nossas vidas".

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