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Maria Mota, diretora executiva do Instituto de Medicina Molecular (IMM), recebeu ontem o Prémio Pessoa

A diretora executiva do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Maria Mota, recebeu ontem o Prémio Pessoa 2013, numa sessão que teve lugar no Grande Auditório da Culturgest, ao final do dia.

Com 43 anos, Maria Manuel Mota é uma das maiores autoridades mundiais no estudo da malária e o mais jovem vencedor do Prémio Pessoa, uma iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos. Na fundamentação da decisão para atribuição do Prémio Pessoa, tomada em dezembro de 2013, o júri lembrou que a malária é hoje "uma das causas principais de mortalidade a nível mundial", salientando que o trabalho liderado por Maria Manuel Mota "tem desenvolvido investigação fundamental com vista a esclarecer os mecanismos pelos quais o parasita se desenvolve no hospedeiro humano."

No seu discurso de agradecimento, a premiada alerta para as dificuldades que a Ciência defronta perante a expectativa de aplicabilidade directa por parte dos decisores políticos aquando da aprovação de projectos. E sublinha:  “É asfixiar a criatividade, é estrangular o génio, é matar a Ciência.”

Maria Mota afirma ainda sentir “um enorme privilégio” por trabalhar para satisfazer a curiosidade, que denomina de “uma das mais básicas necessidades humanas”. “Sinto-me grata por poder viver o prazer da descoberta e retribuo, partilhando com a sociedade o fruto do meu trabalho e dos muitos membros marcantes que foram integrando a minha equipa nos últimos 12 anos. Porque a Ciência é de todos, para todos”, conclui.

Nascida em Vila Nova de Gaia em abril de 1971, licenciou-se em Biologia e obteve o grau de Mestre em Imunologia, na Universidade do Porto, em 1992 e 1994, respectivamente. Doutorou-se em Parasitologia Molecular, na University College of London e mais tarde fez pós-doutoramento no New York Medical Center. De regresso a Portugal foi investigadora principal no Instituto Gulbenkian da Ciência e desde 2005 que lidera o laboratório do IMM para a investigação da malária. É ainda professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e recentemente foi eleita directora executiva do IMM.

O Prémio Pessoa tem um valor de 60 mil euros e visa destacar personalidades da Cultura, Artes ou Ciência cuja obra tenha obtido destaque no panorama nacional.

O júri desta edição foi constituído por Francisco Pinto Balsemão (presidente), Faria de Oliveira (vice-presidente), António Barreto, Diogo Lucena, Eduardo Souto Moura, João Lobo Antunes, José Luis Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho Marques.

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