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O internato é «a altura ideal para começar projetos de investigação»

A Medicina Interna surgiu tarde no seu percurso académico. Contudo, aos 28 anos, Andreia Vilas Boas, coordenadora do NIMI – Núcleo de Internos de Medicina Interna, encontra-se no 4.º ano do seu internato e afirma-se apaixonada pela “multidisciplinaridade e pelo desafio constante da pluripatologia”, tão característicos desta especialidade.

Em entrevista à Just News, publicada no Jornal do 10º Encontro Nacional de Internos de Medicina Interna (ENIMI), evento que decorreu na Figueira da Foz, nos dias 19 e 20 de junho, Andreia Vilas Boas afirma que o internato "é a fase ideal para iniciar projetos de investigação e aprender novas metodologias".

Considera que a ciência "é o motor da mudança e do desenvolvimento de qualquer área do conhecimento e a Medicina Interna não é exceção. Além de ser importante a participação em estudos que levam ao desenvolvimento de novos fármacos ou que contribuem para um melhor uso dos que atualmente dispomos, a participação em projetos de investigação laboratorial e translacional contribui para apurar o raciocínio crítico e pensamento lógico."

Acrescenta que o internato "é a altura ideal para desenvolver estas competências. Diria que é a altura em que temos mais disponibilidade e motivação para começar novos projetos (que têm obviamente que ser coordenados por alguém com mais experiência e saber) e aprender novas metodologias."



Internistas portugueses são "dos mais ativos da Europa"

Relativamente ao núcleo que coordena há pouco mais de um ano, começa por destacar o "excelente trabalho que os coordenadores anteriores desenvolveram, nomeadamente a Dr.ª Cristina Teixeira Pinto, com quem tive o privilégio de trabalhar desde o início da minha participação no NIMI".

Assegura que os principais objetivos são tornar o NIMI "cada vez mais representativo dos internos de Medicina Interna do país e contribuir para desenvolver projetos de investigação que envolvam vários centros do país, com a colaboração dos representantes locais. Estamos, atualmente, a preparar o primeiro destes estudos com a Direção da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI)."

Explica também a dinâmica das relações que o NIMI tem desenvolvido com núcleos de internos de MI de sociedades científicas de outros países:

"O NIMI faz-se representar em todas as reuniões dos Young Internists, o grupo de jovens internistas europeus que é parte integrante da Federação Europeia de Medicina Interna (EFIM). Nestas reuniões, temos sempre a oportunidade de aprender com as realidades dos jovens internistas dos restantes países europeus e é gratificante constatar que o núcleo de jovens internistas português é dos mais ativos da Europa, muito de perto com o núcleo espanhol e o italiano. Os Young Internists desenvolvem, em conjunto com a EFIM, várias atividades para internos de Medicina Interna, das quais destaco as Escolas Europeias de Verão e de Inverno e a Tarde do Jovem Internista, no Congresso Europeu de Medicina Interna, nas quais todos os internos podem participar."




A entrevista completa com Andreia Vilas Boas foi publicada no Jornal do 10º Encontro Nacional de Internos de Medicina Interna (ENIMI), publicação editada pela Just News e distribuída aos participantes do evento.

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