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Pediatria do Hospital Santa Maria continuará «busca incessante por inovação»

O Departamento de Pediatria do CHULN estará “na linha da frente na salvaguarda de valores éticos, deontológicos e humanistas”, garantiu Ana Isabel Lopes na sessão de abertura das XXVII Jornadas de Pediatria, realizadas no final de fevereiro.

Num evento em modelo híbrido com 700 participantes, a diretora falou dos desafios que a especialidade tem enfrentado nos últimos meses por causa da pandemia.
Lembrou que a área de influência do Departamento abrange uma população pediátrica superior a meio milhão de habitantes, sendo realizadas, na globalidade anual, mais de 50 mil consultas, mais de 25 mil MCDT e 50 mil episódios de urgência.



Aproveitou também para mencionar a sua tripla missão – assistencial, de ensino e de investigação –, à qual se junta o “nobre” objetivo de formar novas gerações de pediatras. Dirigindo-se aos internos, Ana Isabel Lopes agradeceu por serem “a força viva e o motor do Departamento”.

Pandemia foi marcada por uma “aprendizagem contínua”

Ana Isabel Lopes explicou que durante a pandemia foram adotados os planos de contingência do hospital e todos os serviços e unidades foram protagonistas – da Infeciologia aos Cuidados Intensivos, à Urgência e à Cardiologia –, na articulação com outros setores, dedicados ao tratamento de adultos.

“A pandemia foi um exercício de humildade e de aprendizagem que destacou o melhor do nosso SNS, de que muito nos orgulhamos. Valorizou o commitment pessoal e coletivo, acelerou trends emergentes e reforçou a importância da capacidade de adaptação”, afirmou.


Ana Isabel Lopes

A médica lembrou que durante o período pandémico decorreram obras de requalificação em várias frentes – no Serviço de Urgência, com a criação de um circuito covid autónomo, no Serviço de Neonatologia, implementando-se consultas não presenciais, e iniciando-se o modelo de teleconsulta, entre outras alterações.

Neste contexto, reconheceu “a fibra, a abnegação e o espírito de missão” do Centro Académico do CHULN, nomeadamente dos internos, que rapidamente se ofereceram para fazer horas de trabalho extra na linha da frente, em serviços de adultos, quando a realidade pediátrica não era tão problemática.



Desafios prioritários para o futuro


Referindo-se a uma nova cultura organizacional, cuja “maior riqueza” são os profissionais, Ana Isabel Lopes salientou alguns desafios prioritários: a sustentabilidade dos recursos humanos e a valorização das carreiras e do mérito. Paralelamente, destacou a inovação ao nível da estrutura organizativa, com novos clinical pathways, ambulatorização, integração de cuidados do hospital à comunidade, modernização de infraestruturas do parque tecnológico, fluidez dos sistemas de informação, gestão de risco e cultura de segurança.

Também a constituição de novos centros de referência, especializados no tratamento de doenças raras e complexas, e a candidatura a novas redes europeias persistem em ser desígnios atuais e futuros do Departamento de Pediatria, de acordo com a sua diretora.



Ana Isabel defendeu que o protagonismo da Pediatria na linha da frente da prevenção é cada vez mais necessário. E lembrou que as inovações tecnológicas, que permitiram, nesta fase difícil, a telemedicina e a telemonitorização, vieram para ficar, alterando a prática pediátrica, que continuará a evoluir.

“Queremos projetar o futuro com a segurança do caminho percorrido e a rebeldia da mudança transformadora”, frisou, assegurando ter um Departamento com vitalidade, cuja cultura se traduz numa “busca incessante pela inovação e pelos avanços no conhecimento”.

Por fim, deixou um agradecimento especial à FMUL, pelo seu “papel polarizador e agregador”, e ao IMM, pelos “contributos científicos e operacionais no terreno, que foram verdadeiramente decisivos”.


Alexandre Valentim Lourenço, Joaquim Ferreira (professor da FMUL e neurologista), Maria do Carmo Fonseca (presidente do iMM), Ana Isabel Lopes, Daniel Ferro, Fausto Pinto e Melo Cristino (presidente do Conselho Científico da FMUL)

Na sessão de abertura participaram também Daniel Ferro, presidente do CA do CHULN, Fausto Pinto, diretor da FMUL, e Alexandre Valentim Lourenço, presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos.


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