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Prémio destaca trabalhos jornalísticos dedicados à hipercolesterolemia familiar

Até dia 31 de julho de 2015 estão abertas as candidaturas ao Prémio de Jornalismo Hipercolesterolemia Familiar 2014/15. A iniciativa é promovida pela Associação Portuguesa de Hipercolesterolemia Familiar, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e com o apoio da Amgen Portugal.

Aberto a todos os jornalistas que produzam e publiquem os seus trabalhos nos meios de comunicação social nacionais, nomeadamente imprensa (escrita e online) e na televisão, este prémio tem um valor global de 4.000€, repartido pelas duas categorias.

No regulamento do prémio, e como enquadramento do tema, afirma-se que “o desconhecimento sobre a doença é um dos principais obstáculos ao diagnóstico, à terapêutica adequada e à prevenção de doenças cérebro e cardiovasculares prematuras”.

De acordo com o documento, muitos próprios profissionais de saúde não estão devidamente alertados para a doença: “a falta de diferenciação entre os critérios de diagnóstico entre  a dislipidemia adquirida e a Hipercolesterolemia Familiar contribuem para que, nem a população, nem os profissionais  de saúde, estejam sensíveis e atentos ao problema.”

Por esse motivo, a comissão organizadora não tem dúvidas de que "saber mais sobre a Hipercolesterolemia Familiar, conhecer as causas, os sinais, como progride e qual a abordagem adequada são fatores determinantes para reduzir os efeitos nefastos desta doença desconhecida da população e subvalorizada pelos profissionais de saúde".

Alcançar uma maior literacia em saúde

O regulamento do prémio destaca ainda o papel do jornalismo na promoção de uma maior literacia em saúde:

“O jornalismo é por excelência o veículo de disseminação de informação correta, atual e isenta, contribuindo inequivocamente para a formação da opinião pública e por conseguinte para o esclarecimento sob o qual assentam mudanças comportamentais, culturais e sociais com forte impacto na saúde.”

Os vencedores do 1º Prémio de Jornalismo Hipercolesterolemia Familiar serão anunciados, em cerimónia pública, em data a anunciar pelas entidades promotoras do Prémio.

Relativamente aos critérios de avaliação, são tidos em conta “a coerência com os objetivos do Prémio, a qualidade, a oportunidade, a criatividade, o rigor científico, a relevância e o valor educativo da produção e publicação.”

O regulamento pode ser consultado aqui.




Quando o prémio foi lançado, no âmbito do Dia de Sensibilização para a Hipercolesterolemia Familiar (HF), Alberto Mello e Silva, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, recordou que esta doença, subdiagnosticada e subtratada, poderá atingir uma em 500 pessoas em toda a Europa, nas suas formas heterozigóticas.

“Houve um reconhecimento por parte da Sociedade Europeia de Cardiologia, que lançou um alerta, chamando à atenção para o facto de a HF ser uma entidade muito pouco conhecida dentro da comunidade científica e para o facto de termos de estar mais alerta”, indica, mencionando que esta é uma forma de levar os jornalistas a falar mais acerca da doença.

Isabel Mendes Gaspar, especialista em Medicina Interna e Genética Médica, afirmou que, “se nascermos com valores de colesterol e de LDL elevados, devemos começar desde pequenos a fazer uma dieta pobre em gorduras, praticar atividade física diária e, numa determinada fase do desenvolvimento, temos de iniciar a medicação para baixar os valores. Assim, modificamos a história natural da doença”.

Já Luísa Falcão de Campos, presidente da FH Portugal, também presente na sessão de apresentação do prémio, afirmou que “o diagnóstico e o tratamento precoce pode evitar a morte dos doentes e os eventos cérebro e cardiovasculares. Esperemos que o prémio de jornalismo contribua para promover a divulgação de informação junto da população portuguesa”.

Para Fátima Bragança, diretora de Assuntos Corporativos e Economia da Saúde da Amgen, "existe falta de conhecimento da população em geral e até mesmo pela comunidade científica. Realizar apenas campanhas não faz sentido, se as mesmas não forem apoiadas por informação e pelo aumento da literacia em saúde na população, tal como recomenda a OMS.”

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