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Prémio de Jornalismo Hipercolesterolemia Familiar apresentado no dia de sensibilização para a doença

No âmbito do Dia de Sensibilização para a Hipercolesterolemia Familiar (HF), que se assinala esta quarta-feira, a Associação Portuguesa de HF, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, com o apoio da Amgen Portugal, apresentaram o Prémio de Jornalismo Hipercolesterolemia Familiar 2014/15, que visa aumentar o interesse e o reconhecimento desta doença genética hereditária.

De acordo com Alberto Mello e Silva, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, estima-se que esta entidade, subdiagnosticada e subtratada, atinja um em 500 pessoas em toda a Europa, nas suas formas heterozigóticas.

O desconhecimento sobre a doença é um dos principais obstáculos ao diagnóstico,à terapêutica adequada e à prevenção de doenças cérebro e cardiovasculares prematuras.

“Houve um reconhecimento por parte da Sociedade Europeia de Cardiologia, que lançou um alerta, chamando à atenção para o facto de a HF ser uma entidade muito pouco conhecida dentro da comunidade científica e para o facto de termos de estar mais alerta”, indica, mencionano que esta é uma forma de levar os jornalistas a falar mais acerca da doença.

“Queremos prevenir, diagnosticar precocemente e tratar, para termos maior esperança de vida da população e mais qualidade, e para isso é preciso informar.”

Isabel Mendes Gaspar, especialista em Medicina Interna e Genética médica, refere que esta é uma doença cujas suas expressões podem ser prevenidas, havendo muito para oferecer neste sentido aos doentes que, contudo, têm de estar informados.

“Se nascermos com valores de colesterol e de LDL elevados, devemos começar desde pequenos a fazer uma dieta pobre em gorduras, praticar atividade física diária e, numa determinada fase do desenvolvimento, temos de iniciar a medicação para baixar os valores. Assim, modificamos a história natural da doença”, explica.

A especialista adianta, ainda, à margem da sessão, que será realizado, no próximo mês de novembro, um rastreio, que terá lugar no Instituto Superior Técnico.

Luísa Falcão de Campos, presidente da FH Portugal, afirma, no âmbito da intervenção que efetuou no decorrer da sessão, que a associação tem como objetivo divulgar a existência desta doença.

“O diagnóstico e o tratamento precoce pode evitar a morte dos doentes e os eventos cérebro e cardiovasculares. Esperemos que o prémio de jornalismo contribua para promover a divulgação de informação junto da população portuguesa”, menciona, acrescentando que esta é uma doença silenciosa que, ao manifestar-se, se torna uma experiência dramática que envolve a morte precoce, o enfarte do miocárdio ou o AVC.

Fátima Bragança, diretora de Assuntos Corporativos e Economia da Saúde da Amgen, que falou sobre o valor do Jornalismo de Saúde e fez a apresentação do prémio, referiu que esta ideia surgiu durante uma conversa acerca das necessidades e da falta de informação da população sobre a doença.

“Existe falta de conhecimento da população em geral e até mesmo pela comunidade científica. Realizar apenas campanhas não faz sentido, se as mesmas não forem apoiadas por informação e pelo aumento da literacia em saúde na população, tal como recomenda a OMS.”

O Prémio de Jornalismo Hipercolesterolemia Familiar é de âmbito nacional, aberto a todos os jornalistas que produzam e publiquem os seus trabalhos nos meios de comunicação social nacionais, nomeadamente imprensa (escrita e online) e na televisão.

Abrange os trabalhos publicados entre 24/09/2014 e 311/07/2015 e tem um valor global de quatro mil euros repartido pelas duas categorias.



Podem ser consultadas mais algumas fotografias da apresentação do Prémio AQUI.

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