Presidente da SPC diz que tratar doenças valvulares é mais do que exercer “habilidades técnico-científicas”
Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), José Silva Cardoso (SPC), tratar as doenças valvulares é “algo mais do que exercer apenas habilidades técnico-científicas”. O responsável falava na sessão de abertura da 4.ª Reunião do Grupo de Válvulas Aórticas Percutâneas da APIC - Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular.
Na opinião daquele responsável, tratar as doenças valvulares “é participar nos milhões de gestos de cooperação e harmonia que hão de ser capazes de mudar para melhor a realidade”.
“Cada um de nós é muito importante, porque é único e irrepetível, e cada um é convocado a construir uma realidade diferente. Uma realidade em que aos valores do sectarismo, da corrupção e do ódio se oponham os valores da Verdade, da Cooperação e da Harmonia”, disse José Silva Cardoso.
Para o presidente da SPC, “ser capaz de trabalhar em equipa faz parte desse tipo de “gestos criadores”, sendo a área do tratamento das doenças valvulares uma das quais em que se exerce e reforça essa capacidade.
“Tudo o que fazemos no dia-a-dia é muito relevante e tem consequências de uma dimensão que não ponderamos. Tudo está ligado e todas as coisas se influenciam mutuamente”, afirmou.
Além de José Silva Cardoso, intervieram na sessão de abertura Hélder Pereira, presidente da APIC, e Rui Romão, gestor da Plataforma de Dados da Saúde (PDS) dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que apresentaram um projeto que envolve ambas as instituições, no âmbito do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção.
A reunião, centrada no tema “Desafios para melhorar o tratamento da doença valvular”, foi presidida por Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção do Hospital de Santa Cruz (Carnaxide), e teve lugar na passada sexta-feira, no Porto.