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Primeiro episódio psicótico: «há muita investigação a ser feita neste campo»

"É preciso melhorar a identificação dos jovens em risco de desenvolver psicose", afirmou à Just News o psiquiatra Ricardo Coentre, membro da Comissão Organizadora do 3.º Encontro Nacional do Primeiro Episódio Psicótico, que se realizou este mês em Coimbra.

Na sua opinião, todo o conjunto de sinais e sintomas "é um pouco inespecífico, havendo ainda, por essa razão, muita investigação a ser feita neste campo".


Comissão Organizadora: Pedro Levy, Nuno Madeira, Tiago Santos, Ricardo Coentre e Hugo Silva

Desenvolvendo o tema, ao comentar a apresentação feita pela psiquiatra Alessia Avila, o nosso entrevistado mencionou ser esta uma problemática transversal a todos os países do mundo.


Alessia Avila encontra-se atualmente a fazer um doutoramento na Faculdade de Medicina de Lisboa, mantendo a sua ligação ao Instituto de Psiquiatria King’s College, em Londres.

"Intervir antes do primeiro episódio"

“Está a ser desenvolvida muita investigação nesta área e tem havido um aporte de novos dados. Porém, não são ainda suficientes para podermos transpô-los para a clínica”, indicou o vice-presidente da Secção do Primeiro Episódio Psicótico da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, entidade responsável pela realização do evento.



E acrescentou ser muito importante que se continue a estudar esta área, uma vez que "seria ideal poder identificar os jovens precocemente, de forma a intervir antes do primeiro episódio psicótico ocorrer".



Ricardo Coentre, que é docente da Faculdade de Medicina de Lisboa e psiquiatra no Hospital Vila Franca de Xira, esclarece que, ao identificarem alguns destes "sinais e sintomas algo inespecíficos", os médicos acabam por ter também aqueles doentes que denominam de “falsos positivos”, uma vez que, posteriormente, não evoluem para uma doença psicótica.

“Provavelmente, terá de haver uma conjugação de fatores, não só do ponto de vista clínico, mas também de alguns exames complementares que possam ser feitos, de forma a termos a certeza que determinado doente vai efetivamente evoluir para uma doença psicótica”, observou.



Relativamente aos sintomas, são apontadas as ideias delirantes e as alucinações "que ocorrem de forma transitória ou atenuada" e a diminuição do rendimento escolar ou profissional, entre outros.

Quanto aos exames diagnósticos, Ricardo Coentre refere estarmos ainda numa “fase muito embrionária de investigação”, mas estarão relacionados com a Neuroimagiologia e outros marcadores biológicos.



O 3.º Encontro Nacional do Primeiro Episódio Psicótico teve perto de duas centenas de participantes. O 4.º Encontro deverá ter lugar no 2.º semestre de 2018.




Tiago Santos, Maria Luísa Figueira, Ricardo Coentre, João Marques Teixeira, Pedro Levy, Nuno Madeira e Hugo Silva.




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