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Risco cardiovascular: «Olhar para o tratamento de uma forma diferente»

A expectativa é que o 12.º Congresso Português de Hipertensão, que se realiza este mês, "tenha ainda uma maior participação dos jovens médicos, pertençam eles a que carreira for", afirma o presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

"Perspectivas Futuras"

Nesse sentido, e com o propósito de apresentar no Congresso anual "algo de inovador", Manuel Carvalho de Rodrigues destaca a realização do Curso de Perspectivas Futuras, "dentro do vasto e multifacetado programa".

Trata-se de uma formação que será composta por duas sessões, "ambas merecedoras de certificado de presença, com o intuito de poder ter a presença dos médicos mais jovens, a quem estas sessões se destinam". 

De acordo com o médico, "a importância de que as mesmas se revestem no futuro próximo da Medicina, englobamo-las também nas actividades desenvolvidas ao longo do ano pelo nosso Núcleo de Internos (NISPH)".



Para o presidente da SPH, é necessário que os jovens médicos "se sintam representados e reconheçam o esforço de querermos estar com eles e que eles estejam connosco".

Por isso, acrescenta, "mantemos ainda as habituais duas sessões promovidas exactamente pelo NISPH, com temas sugeridos pelo coordenador deste Núcleo, em articulação com a sua equipa de internos".

Diabetes e risco cardiovascular

A outra das duas sessões deste Curso de Perspectivas Futuras será dedicada "à implicação que, certamente, terá no futuro a abordagem da diabetes mellitus no contexto do risco cardiovascular global".

Um risco, sublinha o médico, "agora encarado não só como agravante de outros, nomeadamente com a hipertensão, na mortalidade por doença cardiocerebrovascular, mas também na ideia que ultimamente se criou de que é preciso ainda esperar por mais resultados, da sua eventual influência como risco independente nessa mesma mortalidade".

Segundo Manuel Carvalho de Rodrigues, estas duas áreas parecem distintas, mas "acabam por se encontrar e entrecruzar na necessidade de sermos mais abrangentes no tratamento do risco cardiovascular nas suas várias vertentes".


"Forma pioneira de tratar o doente"

"A adesão ao tratamento não é um slogan, é uma necessidade para a prática clínica, já não do futuro, mas dos nossos dias", afirma o cardiologista do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB). Considera mesmo ser, "de alguma maneira, perceber que esta é uma forma actual e pioneira de tratar o doente".

Assim, salienta que, do ponto de vista da classe médica, "se queremos, e por isso devemos pugnar, que os nossos doentes aumentem substantivamente a adesão ao tratamento, temos o dever e a obrigação de proporcionar fármacos que, para além de eficazes, sejam simples e práticos de tomar."

E acrescenta: "A multiplicidade de tomas e de comprimidos será sempre um entrave à adesão. No contexto do doente, há que conseguir motivá-lo e alertá-lo para esta mesma necessidade de adesão ao tratamento."

Quanto ao Congresso, deixa um desejo: "Queremos que quem lá estiver saia mais disposto a olhar para o tratamento do risco cardiovascular de uma forma diferente, mais pioneira e mais inovadora."

O programa pode ser consultado aqui.

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