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Rui Victorino distinguido com o Prémio Nacional de Medicina Interna 2022

A edição de 2022 do Prémio Nacional de Medicina Interna foi entregue a Rui Victorino. Como vem sendo habitual, o nome do internista distinguido foi conhecido na sequência da Sessão de Abertura do 28.º Congresso Nacional de Medicina Interna, ao final da tarde de ontem. Doutorado na área da Imunologia, este professor e investigador foi reconhecido pelo trabalho que desenvolveu nestes três domínios.

Para Lèlita Santos, presidente da SPMI, “o Prof. Rui Victorino sempre soube, ao longo da sua vida profissional, desenvolver a prática clínica, conjugando-a com a sua atividade na investigação e no ensino, prestigiando a Medicina Interna e contribuindo para demonstrar a capacidade desta especialidade enquanto pilar nestas áreas”.


Válter Fonseca, Lèlita Santos e Rui Victorino

Aquela responsável considera que, através da sua experiência, ficou evidente a capacidade que os internistas têm de “contribuir para o desenvolvimento de investigação de alta qualidade e de estruturas assistenciais de excelência e transmitir ao nível académico conhecimentos baseados nas boas práticas clínicas”.

No campo assistencial, destaca-se a dedicação de Rui Victorino à Imunologia Clínica e o acompanhamento que prestou aos doentes com VIH.

Entre 2006 e 2019, assumiu a direção do Serviço de Medicina II do Hospital de Santa Maria, gerindo cerca de uma centena de camas e mais de 40 médicos e 60 enfermeiros.



Professor catedrático jubilado e ex-subdiretor da FMUL, presidiu, entre 2009 e 2016, ao Conselho Científico da FMUL. Foi ainda coordenador do ensino de Medicina Interna 2 no 5.º ano e de Imunologia Clínica no 4.º e 5.º anos, tendo sido responsável pelos estágios clínicos do 6.º ano de MI no seu Serviço.

Esteve muito ligado, como investigador clínico, ao Instituto de Medicina Molecular desde a sua fundação, em 2002. Neste âmbito, esteve envolvido na criação e coordenação do Programa Doutoral do CAML. No biénio 2016-2018, assumiu o cargo de vice-presidente da SPMI (região Sul).

Rui Victorino decidiu que queria ser médico apenas um ou dois anos antes de entrar para a Faculdade, por alguma influência do tio, Frederico Madeira, com quem conviveu muito, que era internista e professor catedrático de Medicina na FMUL. Mas antes, aos 16 anos, chegou a ponderar seguir Economia, dado o seu gosto pelas análises económicas e pela investigação na área.



Formou-se na década de 70, período durante o qual passou por Londres, onde esteve a fazer parte do treino pós-graduado e o doutoramento pela Universidade de Londres, sobre Imunorregulação na Doença de Crohn, entre 1977 e 1981.

Tendo trabalhado de perto com Rui Victorino, enquanto interno do Serviço que aquele dirigia e autor de uma tese de doutoramento por ele coorientada, Válter Fonseca, internista, diretor do Departamento de Qualidade em Saúde da DGS (2018-2022), professor auxiliar de Medicina e de Fisiopatologia da FMUL e investigador do Laboratório Luís Graça do Instituto de Medicina Molecular, foi quem entregou a distinção.

E fez questão de destacar a sua "invulgar sabedoria clínica, quase avassaladora, sempre acompanhado de ponderação e energia contagiante".

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