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São necessários médicos dedicados à vertigem «para um tratamento atempado e eficaz»

“Em Portugal, há cada vez mais a necessidade de existirem médicos que se dediquem especificamente à vertigem, de forma a podermos dar um atendimento mais adequado aos doentes, com um diagnóstico e tratamento atempado e eficaz", afirma Rosmaninho Seabra, otorrinolaringologista do Hospital Lusíadas Porto.

E, em declarações à Just News, adianta: "Estamos, até, a lutar para que seja criada, pela Ordem dos Médicos, uma subespecialidade de Otoneurologia”.

O médico e coordenador da IX Reunião de Vertigem, evento que decorreu há dias, precisamente no Hospital Lusíadas Porto, explica que, "tradicionalmente, quem se dedica à vertigem são os otorrinolaringologistas ou os neurologistas, dependendo se a causa da mesma está no sistema periférico ou no sistema nervoso central".



“Contudo, por vezes, tem-se verificado um ‘empurrar’ de uma especialidade para a outra, o que cria desagrado e preocupação acrescida aos doentes, por terem de andar de médico em médico”, lamenta Rosmaninho Seabra. E sublinha: “Não nos parece ser a forma mais adequada de abordar a questão.”

Segundo refere, os médicos que se dedicarem especificamente a esta área terão como objeto de estudo a abordagem e tratamento destes doentes. E lembra que a vertigem é um sintoma, "existindo mais de 300 entidades que podem ser responsáveis pelo seu aparecimento".

“O desafio está em determinar a causa mais provável, porque essa é a única maneira de conseguirmos dar o tratamento adequado ao doente, de forma a erradicar a vertigem”, diz.



Além disso, partindo desse conhecimento, e depois de avaliar não só a etiologia da doença, mas também o tipo de incapacidade que o sintoma vertigem está a criar na pessoa, é importante partir para a sua reabilitação:

“Isto é muito importante, sobretudo numa altura em que a esperança média de vida é maior, pois, pode fazer a diferença entre uma pessoa idosa conseguir ou não ser independente nas suas necessidades diárias.”



A IX Reunião de Vertigem, que decorreu no auditório do Hospital Lusíadas Porto, teve 130 participantes, esgotando o número de inscrições, e mobilizou especialistas de ORL e audiologistas, para além de internos.


Rosmaninho Seabra com alguns dos oradores: Leonel Luis, Herminio Perez e João Lemos 

O programa científico incluiu intervenções de convidados estrangeiros, nomeadamente Herminio Perez, otorrino de Valencia, veio falar sobre a história clínica do doente com vertigem, que “tem particularidades que são essenciais e que podem, quase só por si, estabelecer um diagnóstico”.

Mans Magnusson, otorrinolaringologista e professor da Lund University, na Suécia, falou sobre BPPV (a doença dos cristais e uma das causas mais frequentes de vertigem) e reabilitação vestibular, “uma das áreas que mais se tem desenvolvido”, segundo Rosmaninho Seabra.


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