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Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do HBA: uma referência em formação

Apesar de somar apenas seis anos de idade, o Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures, afirma-se cada vez mais como uma referência no que toca à formação, destacando-se como a primeira escolha dos internos da especialidade a nível nacional.

Com profissionais credenciados nas diferentes áreas de atuação, a equipa jovem e proativa tem apostado em novas técnicas cirúrgicas, nomeadamente laparoscópicas, e tem no aumento exponencial do número de utentes que procuram o Serviço um dos seus principais desafios.


Equipa muito jovem "é uma “mais-valia inequívoca”


As linhas modernas do espaço denunciam a história ainda recente do Serviço que abriu portas, na sequência da inauguração do HBA, no início de 2012. Este é também “um dos serviços mais jovens do País”, frisa Carlos Veríssimo, em entrevista à Just News.



Carlos Veríssimo 

“Temos uma equipa muito jovem, com uma média de idades que rondará, provavelmente, os 40 anos”, afirma.

Na ótica do diretor, longe de ser sinal de impreparação, esta é uma “mais-valia inequívoca” deste grupo, que conjuga maturidade e vitalidade na mesma medida. Afinal, é deste modo que, beneficiando do “traquejo e do acompanhamento dos mais experientes, os mais jovens promovem a atualização constante, com vista ao desenvolvimento e à adoção de uma série de novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, designadamente laparoscópicas”, que já são uma das “imagens de marca” do Serviço, sublinha.



Segundo Carlos Veríssimo, ser “um Serviço que nasceu do zero” é outro dos grandes trunfos deste núcleo. “Não tivemos uma equipa herdada, com todas as vicissitudes que isso acarreta, e julgo que, passe a imodéstia, esse tem sido um dos fatores de sucesso do nosso trabalho”, diz. A este respeito, explica como, logo após assumir a direção, aquando do nascimento do Serviço, elegeu os coordenadores das áreas de Ginecologia e Obstetrícia, os quais, por sua vez, “escolheram depois os demais elementos”.

“Fiz a seleção das cúpulas e, a partir daí, os coordenadores constituíram as equipas com quem vieram trabalhar”, reforça, especificando a composição do elenco diretivo das respetivas áreas: Elsa Ferreira Dias, coordenadora da Obstetrícia, e Amália Martins, que assumiu a coordenação da Ginecologia, após a breve passagem de Henrique Nabais pelas mesmas funções, antes de este abraçar um novo desafio noutra instituição hospitalar.



Elementos da equipa de Ginecologia

O Serviço mais procurado para a realização do internato

“A meu ver”, argumenta o diretor, essa possibilidade de erguer “um Serviço de raiz é um dos pontos fortes, porque significa que os nossos profissionais vieram para cá com hábitos de trabalho já adquiridos e treinados”, em busca da “oportunidade de trabalhar com pessoas com quem já tinham estado antes e isso é muito bom”. De igual modo, continua, o facto de esta ser uma “máquina bem oleada” é um dos alicerces em que se sustenta a “grande apetência” que os internos da especialidade têm demonstrado por este Serviço.

Tendo granjeado o reconhecimento da “idoneidade formativa”, por parte do Colégio da Especialidade de Ginecologia/Obstetrícia da Ordem dos Médicos (CEGOOM), em 2013, desde então, o Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do HBA tem acolhido “um interno por ano”, adianta Carlos Veríssimo, salientando o “grande êxito” desta experiência.

“Atualmente, somos a primeira escolha para internato da especialidade, a nível nacional, o que nos traz enorme prestígio e satisfação”, confessa.


Amália Martins e Elsa Ferreira Dias

O sentimento de “orgulho”, comum a todo o Serviço, como não poderia deixar de ser, transborda também nas palavras dos demais elementos da estrutura diretiva. Amália Martins, coordenadora da área de Ginecologia, assevera que “o nosso Serviço tem sido, ao longo dos últimos cinco anos, um dos primeiros a ser escolhido pelos internos da especialidade, em função da sua forte capacidade formativa e da disponibilidade e cooperação de toda a equipa”.

Uma opinião partilhada por Elsa Ferreira Dias, coordenadora da área de Obstetrícia, que enaltece “o contributo importante que o Serviço tem tido para a formação de novos internos, que nos procuram cada vez mais”, defendendo que “esse é um reflexo das nossas boas práticas”.



Conciliar formação e investigação

Lembrando que “a investigação científica é uma vertente muito cara a todos os elementos do Serviço”, o seu diretor reconhece, todavia, que esta componente, por vezes, “tende a ficar um pouco para trás, devido à elevada carga assistencial, a qual absorve a maior parte do tempo disponível”.

Ainda assim, e porque a mesma “é imprescindível na vida de qualquer Serviço”, instituiu-se “a regra de que todos os internos que venham completar a sua formação connosco devem desenvolver e apresentar um trabalho de investigação”. “Isso é importante não só para a sua própria formação como para a atualização de toda a equipa”, resume Carlos Veríssimo.


Elementos da equipa de Obstetrícia

Desafio: continuar a crescer

Dar resposta à elevada carga assistencial, sobretudo no que concerne à Obstetrícia, é, de resto, “uma das metas” que o Serviço mais tem lutado por alcançar, na perspetiva de Carlos Veríssimo. “Acompanhar o crescimento anual do número de utentes, quer na consulta, quer no Serviço de Urgência, é um desafio cada vez maior”, assume, pelo que, para conseguir vencê-lo, é preciso fazer contas.

“Começámos com 1500 partos por ano e já vamos com 2700. A equipa tem de se adaptar a tudo isto”, diz. Para o efeito, revela o diretor, “foram contratados alguns tarefeiros para o Serviço de Urgência, mas, uma vez mais, o desafio está em assegurar a Urgência, não descurando o trabalho assistencial programado”.

De olhos postos no futuro, não é de estranhar, portanto, que o timoneiro do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do HBA ambicione “contar com mais recursos humanos, nomeadamente para garantir o Serviço de Urgência”. O “porquê” é fácil de compreender: “Quando se dirige um Serviço, esta é a parte que nunca pode falhar. Eu posso fechar a consulta de Planeamento Familiar, por exemplo, por um dia, mas não posso fazer o mesmo ao Serviço de Urgência”.



Assim, um dos pontos que Carlos Veríssimo admite que “gostaria de ver resolvidos”, a tão breve trecho quanto possível, é “a possibilidade de poder contar com mais pessoas, eventualmente tarefeiros, e pelo menos um por unidade, para que não tenhamos de desmarcar atividade assistencial”. Neste sentido, sublinha, “temos tido todo o apoio do Centro de Gestão e Direção Clínica/Executiva do HBA.




A reportagem completa, onde outros profissionais do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia dão o seu testemunho, pode ser lida na íntegra na próxima edição de Women`s Medicine.

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