UCFD apoia 12 mil diabéticos no Baixo Alentejo

A Unidade Coordenadora Funcional para a Diabetes (UCFD) da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), sediada em Beja, teve de adaptar o modelo organizacional para conseguir dar resposta às necessidades da população alentejana. Além de ter criado subunidades especializadas, encontrou uma solução para a falta de recursos humanos, que impede o arranque da consulta autónoma da diabetes, prevista no modelo das UCFD.

“O envelhecimento da população é muito acentuado nesta região alentejana e a diabetes é um problema que marca de forma significativa a população da região”, refere Isabel Ramôa, representante dos cuidados de saúde hospitalares nesta unidade, uma das 72 em funcionamento no País.

A ULSBA começou por ter apenas uma unidade integrada da diabetes (UID), a nível hospitalar, “o que permitiu ter um maior conhecimento da realidade e das necessidades do Baixo Alentejo quando se teve de organizar a UCFD”. O desafio é grande, mas Isabel Ramôa está muito confiante. E explica porquê: “Trabalhamos todos a pensar no doente, a equipa tem muitos jovens e estão todos empenhados em dar o seu melhor, nem que isso implique horas voluntárias.”

UCFD aproxima doentes dos cuidados de saúde

Isabel Ramôa também é coordenadora Regional da Diabetes da ARS Alentejo e acredita que “as unidades são essenciais para reforçarem a articulação entre cuidados de saúde primários e hospitalares no combate à diabetes”. No acompanhamento do doente diabético, é fundamental dar uma resposta adequada e articulada, para se prevenir complicações graves, e a coordenadora vê nas UCFD “um forte contributo para que existam mais unidades de proximidade”.

Uma aproximação fundamental em qualquer região, quanto mais no Baixo Alentejo. “Existem grandes distâncias a percorrer até aos grandes centros urbanos, o que pode impedir as pessoas de se deslocar para receberem tratamento”. Com as UCFD, estas situações devem diminuir. “É uma grande ajuda para uma população envelhecida, com um elevado grau de iliteracia em saúde. Algumas pessoas não sabem ler e escrever e as unidades de proximidade podem controlar estes obstáculos.”



Na edição de fevereiro do Jornal Médico é publicada uma reportagem sobre a Unidade Coordenadora Funcional para a Diabetes (UCFD) da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA, com declarações de vários profissionais.

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