Victor Gil vai ser o próximo presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Victor M. Gil, coordenador da Unidade Cardiovascular do Hospital Lusíadas Lisboa, é o presidente eleito da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) para o biénio 2017-2019. A eleição teve lugar no decorrer da Assembleia Geral da SPC, que se realizou no penúltimo dia do Congresso Português de Cardiologia.
O professor auxiliar convidado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa vai suceder, em 2019, a João Morais, diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Leiria.
Victor M. Gil licenciou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 1979, e doutorou-se em Medicina pela Universidade do Porto, em 1999. Iniciou a sua carreira médica em 1980, sendo graduado chefe de Serviço de Cardiologia, em 2006.
Exerceu diversos lugares de coordenação e direção, incluindo o de diretor de serviço. Integrou e presidiu a comissões de ética e direções clínicas de entidades públicas e privadas. Mantém-se em ativo desempenho de funções de direção de serviço e é professor auxiliar convidado da FMUL. Tem desenvolvido uma intensa atividade de investigação, sendo também autor de um grande número de artigos científico. Criou laboratórios de investigação e é membro de diversas organizações científicas internacionais.
No que respeita à SPC, tem participação ativa em grupos de estudo, tendo exercido cargos de coordenação por mais do que um mandato. Além disso, foi seu secretário-geral e vice-presidente, presidente do XXV Congresso e editor da Revista Portuguesa de Cardiologia. Atualmente, é editor associado da revista e vogal da Comissão de Ética da SPC.
Victor Gil com o presidente cessante da SPC, Miguel Mendes.
Victor M. Gil foi eleito no decorrer da Assembleia Geral da SPC, que teve lugar no penúltimo dia do Congresso, tendo sido o único especialista que aceitou o desafio para se candidatar. Esta foi, aliás, a primeira eleição que resulta da alteração dos Estatutos da SPC, levada a cabo pelo presidente cessante, Miguel Mendes. Na sua opinião, este atual modelo valoriza mais a autocandidatura face à indigitação interna de um candidato à presidência da SPC, como tem acontecido até aqui.
Esta alteração permite “valorizar e fortalecer a Sociedade", afirma Miguel Mendes, recordando que, anteriormente, os sócios eram convidados a apresentar a sua candidatura "sem um programa de ação definido".
De acordo com o cardiologista, "é totalmente diferente os sócios terem de apresentar a candidatura, indicando numa carta programática os seus principais objetivos e a sua visão para o mandato".