A mulher tem «um papel de presença e auxílio» na gestão da doença na pessoa com diabetes

Havendo uma diferença pouco significativa entre a população feminina e masculina no que diz respeito ao número de pessoas com diabetes, e que se esbate à medida que a idade avança, a internista Mónica Reis reconhece que as mulheres, sejam ou não diabéticas, “assumem muitas vezes o papel de cuidadoras dos seus cônjuges, dos seus filhos, ou dos seus pais”.


Mónica Reis

“A mulher acaba por ter sempre um papel de presença e de auxílio na gestão da própria doença na pessoa com diabetes. É o que observamos na consulta, em que o elemento que acompanha o doente, seja ele homem ou mulher, é quase sempre uma figura feminina. Uma filha, uma mãe, uma nora…”, afirma Mónica Reis, coordenadora da Unidade Integrada de Diabetes da Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo.

Este comentário da médica do Hospital de Vila Franca de Xira surge a propósito do evento que o Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna promove já no próximo sábado, 4 de maio, em Fátima. Subordinada ao tema “Diabetes e a Mulher”, trata-se da primeira reunião realizada por este Núcleo da SPMI depois de Mónica Reis ter assumido o cargo de coordenadora, no final de outubro.



Admitindo ser ”impossível falar desta doença na mulher sem abordar a diabetes gestacional, pretende-se ir mais além, refletindo sobre o momento de transição para a vida adulta mas também sobre um período mais tardio da sua vida, com o surgir da menopausa”, refere a nossa entrevistada.

“Há particularidades inerentes a esta fase da vida na mulher diabética, sendo de reconhecer que haverá aspetos que não têm sido suficientemente explorados em reuniões na área da diabetes. Há implicações na gestão da doença que importa serem discutidas”, sublinha Mónica Reis.

Não admira, pois, que aos internistas mais focados na área da diabetes se juntem, nesta reunião, ginecologistas como Madalena Tavares e Cláudio Rebelo, este último presente também na qualidade de presidente da Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia.



“Queremos promover uma abordagem pluridisciplinar, com o olhar da Medicina Interna enquanto gestora da diabetes, digamos assim, e, por outro lado, o envolvimento da Ginecologia/Obstetrícia enquanto gestora da mulher”, especifica a coordenadora do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus.

Simultaneamente, adianta Mónica Reis, esta 10.ª Reunião Temática do NEDM conta com a participação de elementos do Núcleo de Medicina Obstétrica da SPMI, “indo de encontro à nossa vontade de estimular a realização de parcerias entre os vários grupos de trabalho da nossa Sociedade”.


Ana Jorge

A encerrar o programa do encontro do próximo fim de semana, a médica Ana Jorge, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, proferirá uma conferência intitulada “A Saúde no Feminino”, numa sessão que será presidida por Lèlita Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

  

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