Cirurgia Maxilofacial do CHLC vai «desenvolver área pediátrica»

“O Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) será, com certeza, uma referência no futuro Hospital Oriental de Lisboa, com o desenvolvimento de novas áreas de atuação, nomeadamente a pediátrica.” A afirmação é de Paulo Valejo Coelho, diretor do Serviço, que falou à Just News à margem do VIII Encontro Nacional de Cirurgia Maxilofacial, que decorreu em Lisboa, sob o tema “Patologia craniomaxilofacial pediátrica”.

O médico destacou o crescimento desta área no CHLC, que assenta cada vez mais num trabalho multidisciplinar. “Desde 2014, o Serviço de Cirurgia Maxilofacial desenvolve a sua atividade ao nível pediátrico no Hospital Dona Estefânia (HDE), o que facilita muito o trabalho em conjunto com outras especialidades”, observou.



Nesse sentido, têm sido desenvolvidos esforços para que haja um entrosamento entre os que desenvolvem a sua atividade cirúrgica ao nível do crânio, da face e do pescoço. “O campo pediátrico, que esteve em destaque neste encontro, é um bom exemplo”, mencionou.

Paulo Valejo Coelho esclareceu ainda que “esta unidade pediátrica foi criada em 2014, no HDE, e recebe crianças e jovens de todo o País, particularmente da região sul, regiões autónomas e países de língua oficial portuguesa”.

O responsável considerou mesmo que a Cirurgia Craniomaxilofacial Pediátrica do CHLC, perspetivando o seu desenvolvimento no futuro Hospital Oriental de Lisboa, poderá vir a ser um centro de referência a nível nacional. “Atualmente, temos um no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), mas acredito que podemos avançar com um segundo em Lisboa, com o novo hospital”, disse.


Os internos fizeram “um trabalho excecional”


Do VIII Encontro Nacional de Cirurgia Maxilofacial, Paulo Valejo Coelho destacou o envolvimento dos internos da especialidade. “Fizeram um trabalho excecional, estão de parabéns.” O médico salientou ainda que “os mais novos, com o apoio dos especialistas mais velhos, conseguiram ter um programa apelativo e de grande qualidade”.

Paulo Valejo Coelho enalteceu também a escolha do tema e da mesa-redonda do evento, que se subordinou ao tema “Patologia craniomaxilofacial pediátrica – abordagem multidisciplinar”. “É de extrema relevância, como se pôde ver nessa mesa, que contou com a participação de cirurgiões maxilofaciais e pediátricos, neurocirurgiões e geneticistas”, frisou.



"Especialidade em crescimento nos últimos anos"

Do encontro, o cirurgião destacou ainda a Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Cirurgia Maxilofacial (APCCMF), que decorreu na parte da tarde. “Foi visível o rejuvenescimento da APCCMF, com vários jovens a inscrever-se como sócios, é com muito agrado que vejo a especialidade em crescimento nos últimos anos, após os tempos difíceis da Troika”, comentou.

Sendo também presidente do Colégio da Especialidade de Cirurgia Maxilofacial da Ordem dos Médicos e docente da Nova Medical School, Paulo Valejo Coelho fez questão de mencionar “o momento alto desta especialidade, que ganhou mais internos, logo futuros especialistas, nesta área da saúde”.


Paulo Valejo Coelho com alguns dos elementos da Comissão Organizadora do Encontro: Ana Rita Costa, Helena Rodrigues, Tatiana Antunes, Alexandre Bouca, Andreia Silva e Pedro Oliveira (ausentes na foto: David Pratas Vital, Clara Carracha e Cátia Mateus)

O evento, que contou com o patrocínio científico da APCCMF, foi realizado pelo Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Centro Hospitalar Lisboa Central. 


“A Cirurgia Maxilofacial está em franca expansão”


Quem também se mostrou orgulhoso com a Assembleia-Geral foi o presidente da APCCMF, Rui Balhau. “Este rejuvenescimento, visível na forte participação de internos e especialistas desta área, é sinal de que a Cirurgia Maxilofacial tem sangue novo e está em franca expansão e crescimento”, apontou o também coordenador da Unidade de Cirurgia Maxilofacial do Centro Hospitalar de São João, no Porto.


Elementos da APCCMF: José Bilhoto (vogal da Direção), Rui Balhau, Óscar Costa (vice-presidente) e João Pedro Marcelino (vogal da direção)

Questionado sobre o futuro da especialidade, Rui Balhau garantiu estar “muito confiante” e falou dos principais desafios para os próximos tempos. “O nosso caminho passará pela sedimentação da nossa atividade nos centros que já existem, além disso, teremos que intensificar a nossa presença junto dos utentes, nomeadamente no interior do País”, concluiu.


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