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Dermatologia do IPO Coimbra organiza Simpósio para médicos de família

O Serviço de Dermatologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra deu início, esta terça-feira, a uma formação específica sobre Dermatologia Oncológica para médicos internos e especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF).

"Pelo menos uma vez por semana deparamo-nos com uma lesão que pode suscitar alguma dúvida, daí que seja muito importante participar nestas ações formativas", afirma Fernando Gomes da Costa, médico de família no Centro de Saúde de Cantanhede e coordenador regional de TeleSaúde da Administração Regional de Saúde (ARS) Centro, que participou no 1.º Simpósio de Dermatologia Oncológica.


Fernando Gomes da Costa

O médico destacou o papel do IPO de Coimbra nos últimos anos junto das unidades de cuidados de saúde primários (CSP) em termos formativos. “Sempre estiveram disponíveis para nos ajudar e esta proximidade faz toda a diferença quer para os profissionais como para os doentes que acabam por ter cuidados de maior qualidade.” Daí que tivesse considerado “uma grande mais-valia” a realização deste primeiro simpósio que se destinou a internos de MGF e médicos de família.

E acrescentou: “A partilha de conhecimentos, inclusive através da telemedicina, permite aos médicos de família aprender com o feedback dos colegas, de modo que, noutros casos idênticos – desde que sejam não oncológicos -, possam já não necessitar de apoio no diagnóstico; além disso estreitam-se os laços entre diferentes níveis de cuidados.”


Elementos da equipa do Serviço de Dermatologia do IPO de Coimbra

"Boa referenciação" com benefícios para o hospital e doentes

Para Manuel Sereijo, diretor do Serviço de Dermatologia, foi “uma oportunidade de integrar, num único evento, várias questões que são relevantes para a Medicina Geral e Familiar (MGF”), já que, segundo estudos internacionais, “as doenças da pele são 15% das queixas nos CSP”.

Além das lesões e dos sinais a que se deve estar atento, no simpósio falou-se também de critérios de referenciação. “Este tema é essencial, porque uma boa referenciação traz benefícios quer para o hospital, que recebe apenas os casos que necessitam da nossa ajuda, quer para os próprios doentes que têm uma resposta mais atempada. O diagnóstico precoce torna-se ainda mais fundamental quando se trata de uma doença oncológica.”


Manuel Sereijo

No evento estiveram assim em cima da mesa vários temas que podem suscitar mais dúvidas no diagnóstico diferencial, tais como as lesões pigmentadas, melanoma, lesões pré-malignas, tumores epiteliais cutâneos malignos e outros tumores cutâneos malignos.

Face ao balanço positivo do simpósio e do feedback obtido, a equipa do Serviço de Dermatologia pretende assegurar a continuidade do projeto formativo.

Projeto-piloto para agilização do telerastreio

Margarida Ornelas, presidente do Conselho de Administração do IPO de Coimbra, também fez questão de realçar a proximidade entre cuidados primários e secundários, não apenas neste simpósio, mas também como filosofia da própria instituição:

“O IPO tem-se empenhado na agilização do telerastreio sempre que existem suspeitas de lesões malignas e tem apostado na proximidade entre diferentes níveis de cuidados.”


Margarida Ornelas

Exemplo disso é o projeto-piloto Derm.AI. “Trata-se de um protocolo de colaboração entre a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e o IPO de Coimbra para a melhoria contínua, validação clínica, utilização, divulgação e promoção de aplicação móvel para aquisição de imagens macroscópicas de lesões na pele e dos algoritmos em desenvolvimento”, explicou.

O IPO de Coimbra foi assim escolhido para a utilização da tecnologia desenvolvida previamente pela Fraunhofer Portugal AICOS de uma aplicação móvel para aquisição de imagens dermatológicas.

Margarida Ornelas explica que “a construção desta nova solução implica a integração das tecnologias de inteligência artificial em ambiente real e a participação ativa dos profissionais, nomeadamente, dos médicos na vertente da validação clínica". Desta forma, acrescenta, "para a sua eficaz implementação, importa assegurar o envolvimento das instituições prestadoras de cuidados de saúde e dos seus profissionais.”


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