Exames de função respiratória: «a sua normalização é fundamental»

“A normalização é fundamental nos exames de função respiratória porque só assim se evitam diferenças na interpretação dos resultados”, segundo Mário Morais de Almeida, responsável pelo 2.º Simpósio Internacional de Função Respiratória do Hospital CUF Descobertas, que decorreu hoje em Lisboa. Para este especialista, a existência de diferentes equações de análise dos exames de função respiratória “não traz benefícios aos profissionais de saúde nem aos doentes”.



De acordo com José Agostinho Marques, diretor do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar São João, estas diferenças podem levar “a problemas na definição de incapacidade no caso de acidentes, no acesso a medicamentos que só são prescritos dentro de certos valores referenciais, entre outros”.

Para Luís Delgado, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), também presente no evento, “a normalização é essencial para determinar, em doentes alérgicos e asmáticos, se já existem sinais de patologia da função respiratória”.

A presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, Teresa Bandeira, não deixou de realçar que todas as pessoas ficam a ganhar com esta uniformização, “sobretudo as crianças, porque o pediatra pode ter acesso a uma curva da função respiratória ao longo das diferentes idades”.



Outra questão focada no simpósio prende-se com a necessidade de a normalização permitir ir ao encontro das diversas variáveis que condicionam este tipo de exames, como a etnia. Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, referiu à Just News que, devido às diferentes etnias da população europeia, “é necessário existir um consenso, a nível internacional, porque as regras atuais já vêm dos anos 1950, sem que tenha havido alterações significativas”.

Rui Costa, coordenador do GRESP – Núcleo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), alertou, por sua vez, que “a mudança deve decorrer de forma gradual, não esquecendo as dificuldades que podem surgir”.



A nível internacional, esteve presente Sanja Stanojevic, investigadora no Hospital for Sick Childreen, no Canadá, que apresentou uma metodologia de interpretação de testes de função pulmonar e resultados respiratórios.

O simpósio, que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian e que foi organizado pelo Centro de Alergia do Hospital CUF Descobertas, com o apoio exclusivo da Menarini Portugal, teve o patrocínio científico da Associação Portuguesa de Cardiopneumologistas, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e ainda da Ordem dos Médicos.












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