Lesões vertebromedulares: criação de uma rede vai permitir «ir mais longe na investigação»
“É essencial desenvolver uma rede que envolva diferentes players ligados aos problemas vertebromedulares, para se conseguir mais investimento exterior.” Quem o defende é António Salgado, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho/3 B’s Associate Laboratory (ICVS/3B’s). O especialista falou à Just News no decorrer do I Simpósio Ibérico em Lesões Vertebromedulares, que teve lugar no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.
António Salgado salientou que “a criação de uma rede irá contribuir para aumentar o financiamento externo, assim como a troca de experiências”. Para o investigador, existe também uma forte necessidade de juntar todos os que, direta ou indiretamente, lidam com este tipo de lesões. “Apenas desta forma se pode ir mais longe na investigação, de maneira a que se consiga melhorar cada vez mais a vida de quem sofreu uma lesão deste tipo, que lhe traz várias limitações no seu dia-a-dia.”
Quanto à relação ibérica, é “boa” e já existe há algum tempo. “Portugal e Espanha são vizinhos e já comunicamos uns com os outros, mas a criação da rede vai abranger mais países.”
Rubèn López, investigador da Universidade Autónoma de Barcelona, em Espanha, concorda com António Salgado e apontou, ainda, a necessidade de existir também uma maior interligação entre a investigação e a clínica. “Estes encontros são uma forma de reforçar esse contacto, mas não se deve ficar por aqui, é preciso otimizar a interligação entre as faculdades e o meio clínico”.
Na sessão de abertura estiveram presentes os representantes das três entidades que organizaram o simpósio: Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Nuno Sousa, investigador do ICVS/3B’s, e Salvador Mendes de Almeida, presidente da Associação Salvador.