Mortes por doença cardiovascular estão a diminuir

A mortalidade por doença isquémica cardíaca baixou, nos últimos cinco anos, em 19,7%, sendo atualmente a segunda mais baixa da Europa. Verificou-se, também, uma idêntica diminuição da mortalidade por doença cerebrovascular, aproximando os valores portugueses dos da média europeia, sublinhou Paulo Macedo, ministro da Saúde, ao intervir na cerimónia de abertura do XXXVI Congresso Português de Cardiologia, que termina esta terça-feira.



“As doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte e morbilidade da população portuguesa, estando a doença isquémica cardíaca e a cerebrovascular nas posições cimeiras das causas de anos de vida potencial perdidos. Contudo, tem-se vindo a verificar, nos últimos anos, uma “evolução favorável da maior relevância”, referiu.

Lembrou igualmente que a mortalidade global por enfarte agudo do miocárdio tem vindo a decrescer nos últimos seis anos, sobretudo na sua componente intra-hospitalar.

“Em 2013, o número de óbitos por esta causa foi 10% inferior ao verificado em 2008”, observou, salientando ser também de assinalar que, nos últimos três anos, o número de angioplastias primárias realizadas nos hospitais públicos portugueses subiu a um ritmo de 10% ao ano.

“Estes dados objetivos são tão mais relevantes quando ocorrem no contexto de dificuldades socioeconómicas que atravessamos e, claramente, refletem o empenho nos profissionais de saúde envolvidos”, disse Paulo Macedo.



Porém, no seu entender, os desafios são permanentes, sendo importante refletir sobre a forma de melhorar a acessibilidade aos cuidados mais diferenciados, de combater as assimetrias regionais e de promover a interação entre as instituições hospitalares e os cuidados primários.

“Os nossos ganhos, no que às doenças cardiovasculares diz respeito, foram conseguidos à custa de intervenções. Estamos empenhados em medidas políticas no campo da Saúde Pública, com vista à melhoria do comportamento alimentar, essencialmente na redução de sal e de colesterol, no exercício e na atividade física e na eliminação progressiva do tabagismo”, concluiu.

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