O diagnóstico precoce da osteoporose deve envolver a maior parte das especialidades médicas

Considerada uma epidemia mundial, a osteoporose é o tema central do XI Congresso da Sociedade Iberoamericana de Osteologia e Metabolismo Mineral, que junta em Lisboa os 16 países membros e que se assume como um evento multidisciplinar. Para Ana Paula Barbosa, sua presidente, a importância do diagnóstico precoce deve merecer o envolvimento da maior parte das especialidades médicas.

O congresso da maior federação de sociedades iberoamericanas que se dedicam ao estudo das doenças ósseas metabólicas realiza-se entre os dias 27 e 29 de agosto e vai abordar temas como as fraturas e quedas, análise não invasiva dos sistemas ósseo e muscular e ainda o tratamento farmacológico e não farmacológico da osteoporose.



Segundo Ana Paula Barbosa, atual presidente da Sociedade Iberoamericana de Osteologia e Metabolismo Mineral (SIBOMM), o XI Congresso foi estruturado de forma a responder às necessidades e interesses de outras especialidades. Isto porque, na sua ótica, “a osteoporose é um problema de saúde pública mundial, tal como a obesidade, a diabetes, o cancro ou as doenças cardiovasculares”.

Deve merecer, por isso, uma abordagem e um estudo global. A perda generalizada de osso à medida que a idade avança, sobretudo nas mulheres após a menopausa, e a importância do diagnóstico precoce, fazem com que no Congresso da SIBOMM se procure cada vez mais o envolvimento de todos os profissionais de saúde e especialidades médicas, com particular ênfase para a Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna e Ginecologia.

“A MGF, por exemplo, está na base de tudo. A osteoporose é uma doença do envelhecimento. A maior parte das pessoas vai tê-la”, explica Ana Paula Barbosa, alertando para a importância de os médicos em geral estarem sensibilizados para estes temas, não só para poderem diagnosticar melhor como para tomarem conhecimento das técnicas e métodos mais recentes para o tratamento e acompanhamento dos doentes.



Ana Paula Barbosa nasceu em 1964, no Porto, onde estudou Medicina, e especializou-se em Endocrinologia. Foi eleita presidente da SIBOMM em 2013, mas faz parte dos órgãos diretivos desde 2009. É também presidente da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas. Nos últimos anos, tem apostado na investigação das doenças ósseas metabólicas.

Está neste momento a concluir a sua tese de doutoramento, sobre o tema “As repercussões do hipertiroidismo na massa óssea e nas fraturas”. Integra ainda a equipa que efetua a Consulta de Osteoporose Fraturária do Hospital Santa Maria, uma consulta multidisciplinar na área da osteoporose e pioneira no país.

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