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Saúde Mental: pandemia levou CHBM a reforçar «proximidade e humanização de cuidados»

Maior proximidade à comunidade foi o que mais se notou desde o início da pandemia no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo (CHBM), segundo a diretora Gláucia Lima. A responsável falou à Just News à margem das II Jornadas de Psiquiatria e Saúde Mental do CHBM, que decorreram nos dias 20 e 21 de janeiro, em formato híbrido, no Barreiro.



Maior investimento "na proximidade e na humanização de cuidados”

Tendo como temática central “Psiquiatria e Saúde Mental em Tempos de Pandemia – Desafios Contemporâneos”, as Jornadas contaram com a presença de Teresa Maia, coordenadora do Programa Regional de Saúde Mental da ARS Lisboa e Vale do Tejo, e com o testemunho de vários profissionais da área, como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros especialistas em Saúde Mental, entre outros.



Todos foram unânimes em considerar que, apesar dos constrangimentos próprios de um período pandémico, não se deixou de dar resposta aos doentes. E o CHBM é um bom exemplo de como não se ficou parado.

A responsável pelo Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do CHBM salientou que “se investiu ainda mais na proximidade e na humanização de cuidados”, para se poder evitar o pior cenário. “Mantivemos os contactos por telefone com frequência e continuámos a intervir na comunidade, para se evitar a hospitalização numa altura em que havia menos camas na Psiquiatria.”


Gláucia Lima

Reconheceu, contudo, que os “bons resultados” se deveram também muito ao facto de desde há muito o Departamento apostar na articulação de cuidados com os cuidados de saúde primários e com a comunidade. “Além disso, no hospital trabalhamos muito em equipa multidisciplinar, sem atritos hierárquicos”, acrescentou.

A mensagem é corroborada por Mário Rosmaninho, enfermeiro coordenador do Departamento, e que é especialista em Saúde Mental. “Têm sido tempos desafiantes e notou-se que houve, inclusive, uma maior aproximação entre todos os grupos profissionais para se dar resposta às necessidades dos doentes.”

No âmbito desse reforço de proximidade com a comunidade, o Hospital do Montijo abriu em agosto do ano passado um espaço renovado no Departamento de Psiquiatria, dividido em duas áreas assistenciais: a Consulta Externa de Psiquiatria e o Hospital de Dia de Pedopsiquiatria. Esta última valência, em particular, tem sido importante para facilitar que os doentes continuem inseridos nas famílias e na comunidade.  



Aproveitar o PRR com o “envolvimento de todos”

Se a covid-19 é um desafio contemporâneo, o mesmo se pode dizer da aplicação das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), segundo Gláucia Lima. Para a médica, é “uma oportunidade muito grande para se implementar novas medidas de saúde mental, que são, efetivamente, necessárias”.

Teresa Maia, estando à frente de um programa regional, também fez questão de enfatizar que “este é um momento que exige empenho, vontade e envolvimento de todos, para que, em equipa multidisciplinar, se consiga aproveitar o PRR”.


Teresa Maia

Em dois dias de evento falou-se de covid-19, nomeadamente das consequências neuropsiquiátricas e da long covid, de apoios, mas também da importância da intervenção comunitária, de modelos de organização de serviços e da relação com outras especialidades.

No final, na sessão de encerramento, foram entregues os prémios de “Melhor Poster” e “Melhor Comunicação Oral”.


Alguns dos elementos envolvidos na organização das Jornadas: Mário Rosmaninho (enfermeiro), Gláucia Lima, Filipa Maduro (psiquiatra) e Joaquim Carvalho (enfermeiro)

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