Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica: «Empenho, paixão e qualidade»
"As nossas carreiras estão congeladas, mas apesar de nos sentirmos injustiçados, continuamos a desempenhar o nosso trabalho com empenho, paixão e qualidade." As palavras são de Élia Campos Batista, técnica de Cardiopneumologia e Neurofisiologia do Hospital de Cascais e membro da Comissão Organizadora das 1.as Jornadas dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, que decorreu na última sexta-feira.
Com o auditório do Hospital de Cascais cheio, vários técnicos deram a conhecer o que fazem no dia-a-dia, apesar dos desafios e dos constrangimentos que sentem atualmente, como explicou Élia Campos Batista. “Em termos de carreira, já foi publicada, em Diário da República, a equiparação a técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, mas isso ainda não implicou alterações nas remunerações", comentou.
Mas acrescentou: “Contudo damos o nosso melhor e vemos que somos cada vez mais reconhecidos pelo que fazemos, quer do ponto de vista do diagnóstico como da terapêutica.”
Comissão Organizadora: Élia Campos Batista, Pedro Costa Chapa e Gina Bartolomeu Pereira
Élia Campos Batista realçou ainda, em declarações à Just News, o trabalho multidisciplinar na organização destas primeiras jornadas. “A recetividade foi muito boa, pois todos sentimos alguma necessidade de nos afirmarmos e de nos envolvermos, além de que existe uma cooperação e coesão entre todas as áreas.”
Um trabalho de equipa que fez com que o balanço final das jornadas fosse claramente positivo. “Já pensamos em repetir este evento, penso que o forte apoio dos colegas de outras áreas da saúde e do próprio Conselho de Administração do hospital também foram uma boa ajuda”, enalteceu.
Além de Élia Campos Batista, técnica coordenadora da Cardiopneumologia, a Comissão Organizadora das Jornadas integrou igualmente Gina Bartolomeu Pereira, técnica coordenadora da Fisioterapia, e Pedro Costa Chapa, técnico coordenador da Radiologia.
"A articulação que existe entre todos"
Na sessão de abertura das Jornadas, o presidente do CA do Hospital de Cascais, Vasco Antunes Pereira, deixou palavras de apoio aos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica:
“Todos vós tendes um papel fundamental na missão deste hospital, que assenta, sobretudo, na melhoria da qualidade de vida dos nossos utentes, tendo em conta a sua individualidade.”
Vasco Antunes Pereira
Eduarda Reis, diretora clínica, enfatizou, por sua vez, “a comunicação e a articulação que existe entre todos, para o bem dos utentes”. 
Eduarda Reis e João Lobato
Ainda na mesma altura, João Lobato, docente e presidente cessante da Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa, relembrou os vários passos destes profissionais, que são já mais de 32 mil no País, relevando a sua evolução em termos de profissão e de ensino.
E deixou um alerta: “A autorregulação do exercício profissional é um desafio importante para que se possa assegurar a qualidade na prestação de serviços de saúde.”
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