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«É necessária uma estratégia política para a gestão das pessoas com doença crónica»

É já em novembro que se realiza o II Encontro Nacional de Integração de Cuidados. "O doente crónico e crónico complexo" foi o tema escolhido para este evento promovido pela Portuguese Association for Integrated Care (PAfIC), associação presidida por Adelaide Belo.

Em declarações à Just News, a responsável destaca precisamente a "necessidade de uma estratégia política para a gestão das pessoas com doença crónica, especialmente para a multimorbilidade, centrada nas necessidades das pessoas, que não são só da área da saude".

Contudo, sublinha: "Para tal, tem de se saber a dimensão do problema e só se sabe a dimensão do problema quando estiver instituída a Estratificação de Risco Populacional, que ainda não existe em Portugal."


Adelaide Belo

De acordo com Adelaide Belo, que é especialista de Medicina Interna da ULS do Litoral Alentejano, "com uma ferramenta de Estratificação de Risco Populacional identificam-se as pessoas de Baixo, Médio e Alto Risco, a nível local".

E acrescenta: "Com esta informação podem organizar-se as respostas – de saúde, sociais, comunitárias, de acordo com as suas necessidades e os recursos existentes. Não é uma ´varinha mágica`, mas é uma forma consistente de reorganizar os cuidados."

"Um espaço onde haja atualização de conceitos"

O programa do II Encontro Nacional de Integração de Cuidados, que se realiza no Centro de Congressos de Aveiro, nos dia 24 e 25 de novembro, está muito focado na apresentação e debate de projetos concretos.

Adelaide Belo refere que a equipa da PAfIC tem procurado desenvolver esforços para divulgar o que se vai fazendo neste campo, e que não é pouco. "Em Portugal, há muitas equipas que já interiorizaram a necessidade de encontrar soluções de prestação de cuidados menos fragmentadas. A todos os níveis – Hospital, Cuidados de Saude Primários, empresas de prestação de serviços etc".


A médica aproveita para recordar que a PAFIC lançou este ano, "em parceria com a Lean Health e a Roche, um Programa para apoio de consultadoria a Projetos de Integração de Cuidados e tivemos 34 candidaturas".

Na sua opinião, não há dúvidas: "Isto prova que no terreno as pessoas sentem necessidade de repensar e reorganizar a prestação dos cuidados que prestamos. Só precisam de um pequeno incentivo para darem um passo em frente."

E acrescenta: "O que pretendemos com o II Encontro Nacional de Integração de Cuidados é criar um espaço onde haja atualização de conceitos nesta área e a possibilidade das equipas que estão no terreno poderem partilhar os seus projetos e as suas ideias de melhoria e tomar conhecimento de Boas Práticas que se fazem cá ou noutros países. E que também sirva para colocar na agenda política a Integração de Cuidados."


"Uma alavanca para quem quer iniciar projetos"


E a quem é dirigido o encontro? "Toda a gente pode participar – profissionais de saude, da área social, da comunidade, nomeadamente, autarquias", refere Adelaide Belo, estejam ou não envolvidos em projetos de integração de cuidados.

E fica uma mensagem final: "Tudo faremos para que o II Encontro Nacional de Integração de Cuidados seja uma alavanca para quem quer iniciar projetos nesta área e um incentivo à melhoria continua dos que já os têm em desenvolvimento."

Podem ser consultadas mais informações sobre o II Encontro Nacional de Integração de Cuidados AQUI. Entretanto, o prazo para a submissão de posters foi recentemente alargado até dia 9 de outubro.





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