A intervenção da Enfermagem na prevenção e tratamento do AVC: «Conhecer para cuidar»

“Em Portugal, o acidente vascular cerebral (AVC) é a patologia responsável pelo maior número de mortes e a principal causa de incapacidade, estimando-se que dos seis AVC que ocorrem por hora resultem 2-3 mortes.” A mensagem foi transmitida por Júlio Gomes, da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Reabilitação da Ordem dos Enfermeiros (OE), no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinalou dia 31 de março.

O enfermeiro de reabilitação falava na cerimónia de abertura da sessão “AVC: conhecer para cuidar”, que teve lugar no Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Hospital de Santa Maria (HSM), destinada a enfermeiros, cujo objetivo foi divulgar os avanços recentes no tratamento do AVC e a intervenção da enfermagem no AVC agudo.



A iniciativa integrou-se num conjunto de atividades desenvolvidas pela equipa multidisciplinar do Serviço de Neurologia e Unidade de AVC do CHLN, em colaboração com a Sociedade Portuguesa do AVC e o Serviço de Nutrição do CHLN – HSM, para assinalar a efeméride.

Júlio Gomes salientou que muitas das situações de AVC podem ser evitadas com um bom ensino da prevenção, uma tarefa que “também cabe aos enfermeiros em geral e aos enfermeiros de reabilitação em particular”.

E advertiu que o acesso à Via Verde AVC “é desigual” no país, sendo que alguns destes serviços não funcionam 24 horas. Por outro lado, e contrariando o que é recomendado, a reabilitação é muitas vezes interrompida durante um período após a alta.



Já Célia Rato, enfermeira-chefe do Serviço de Neurologia e organizadora desta sessão, afirmou que muitos dos doentes com AVC não estão no Serviço de Neurologia por dificuldades de dotações e vão parar a outros serviços. “Queremos partilhar algumas situações que passam por nós e que podem, de alguma forma, ajudar outros colegas”, apontou a responsável.



Na opinião de Catarina Batuca, enfermeira diretora do CHLN, as organizações hospitalares e do âmbito dos cuidados de saúde primários devem realizar um trabalho em parceria com a OE. “A OE é uma instituição que nos representa e que tem por objetivo desenvolver a enfermagem. É extremamente importante que haja um relacionamento com a Ordem numa parceria de responsabilidade, de trabalho em equipa e, sobretudo, dignidade, porque a nossa profissão merece isso”, apontou.



O percurso da Via Verde AVC, os critérios de aplicação da escala do National Institute of Health Stroke, os primeiros passos do tratamento endovascular, a vigilância da pessoa na fase aguda do AVC e as estratégias para a alimentação foram os grandes temas discutidos nesta sessão, cujo encerramento esteve a cargo de Ana Paula Fernandes, enfermeira supervisora e adjunta do CHLN.

Durante o dia, decorreram outras atividades de sensibilização destinadas à comunidade, utentes e funcionários daquele centro hospitalar.


Catarina Batuca, Júlio Gomes, Célia Rato e Ana Paula Fernandes.









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