Alergia a fármacos: referenciação para o imunoalergologista «é fundamental»

Luís Delgado, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), considera que “devia existir uma maior referenciação para o imunoalergologista na Medicina Geral e Familiar quando se trata de alergia a fármacos.” Aquele especialista falava à Just News no decorrer da 15.ª Reunião da Primavera da SPAIC, que teve perto de duas centenas de participantes.



Este ano, o evento, que decorreu em Sintra, teve como tema “Hipersensibilidade a fármacos: reconhecer e orientar”, com um programa científico em cuja elaboração se envolveram dois grupos de trabalho da SPAIC: Alergia a Fármacos, coordenado por Eva Gomes, e Anafilaxia e Doenças Imunoalérgicas Fatais, coordenado por Manuel Branco Ferreira.



Para Luís Delgado, a questão da referenciação dos casos de alergia a medicamentos por parte dos médicos de família é muito importante: “O imunoalergologista tem um papel fundamental para perceber até que ponto determinada substância provoca alergia, qual a alternativa farmacológica e se é necessário optar pela dessensibilização.”

No último caso, “existem casos de doentes, nomeadamente da Oncologia, que precisam do apoio do imunoalergologista para a dessensibilização a determinada substância, que é fundamental para o tratamento do cancro”, sublinha o presidente da SPAIC.

A referenciação e o estudo do alergénio faz ainda mais sentido tendo em conta que “a grande maioria das reações não é, realmente, de origem alérgica, o que se vê, sobretudo, no caso das penicilinas, em que em cerca de 90% dos casos em que se reporta a suspeita de alergia o utente pode voltar a fazer esta medicação após estudo adequado na especialidade”.

De acordo com dados divulgados pela SPAIC, os medicamentos constituem 87% das causas reportadas de anafilaxia no adulto e 41% na idade pediátrica. Segundo Luís Delgado, “os medicamentos mais frequentemente envolvidos são os antibióticos betalactâmicos (onde se inclui a penicilina) e os anti-inflamatórios não esteroides (aspirina e derivados)”.



A Direção da SPAIC com o representante do Grupo de Jovens Imunoalergologistas Portugueses (JIP): João Fonseca, Ana Môrete, Pedro Silva (JIP), Luís Delgado, Pedro Martins, Rita Câmara, Rodrigo Alves, Mário Morais de Almeida e Elisa Pedro.

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