Angiologia e Cirurgia Vascular: SPACV organiza «Corrida e caminhada contra o sedentarismo»

A Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV), presidida por João Albuquerque e Castro, vai organizar, dia 17 de junho, na Figueira da Foz, a "Corrida e caminhada contra o sedentarismo", que terá início às 17h30, na Avenida do Brasil.

A iniciativa terá lugar durante o XVI Congresso da SPACV, que decorrerá na Figueira da Foz, e está integrada no âmbito da Campanha "Alerta Doença Venosa", que pretende sensibilizar a população para o elevado impacto que a doença venosa tem no dia-a-dia dos doentes.

Este cenário "é ainda mais preocupante", sublinha a SPACV, considerando que esta patologia "é crónica, evolutiva e está frequentemente subestimada e subvalorizada". É também adiantado que, em Portugal, cerca de 2 milhões de mulheres com mais de 30 anos sofrem de doença venosa e, nos últimos anos, "têm surgido nos hospitais casos cada vez mais graves, o que indicia um tratamento deficitário, inadequado ou tardio".

Assim, esta corrida e caminhada da SPACV pretende chamar, de uma forma global, chamar a atenção para a doença venosa e, em particular, para "um dos seus fatores de risco: o sedentarismo".

Com o objetivo de promover a prática de exercício físico "junto de toda a população", o percurso tem uma distância de 5 km, que podem ser percorrido a correr ou a caminhar, "de acordo com a condição física de cada participante". As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.atletica.pt ou no local da corrida, dia 17 de junho, a partir das 14h00.



Cirurgiões portugueses com "qualidade mundial"

Em entrevista à Just News, a propósito do último Congresso da SPACV, João Albuquerque e Castro explicou na altura não ter dúvidas de que a Angiologia e Cirurgia Vascular portuguesa "é reconhecida a nível europeu. Portugal é um país com história, com passado, com presente e com futuro no âmbito da Cirurgia Vascular. Esta Sociedade é a herdeira natural dessa história e um ator fundamental para o futuro."

Na sua opinião, os especialistas nacionais têm "qualidade mundial" e adianta que "os cirurgiões portugueses estão integrados em várias organizações internacionais e são considerados e respeitados. Fazemos exatamente o que se faz lá fora e com a mesma qualidade." Para o presidente da SPACV, "o nosso problema é apenas económico. Acabamos por conseguir os mesmos meios, mas temos mais dificuldade em obtê-los."



Patologia "subdiagnosticada e subvalorizada"

No âmbito da campanha de sensibilização "Alerta Doença Venosa", que conta com o apoio da Servier, a SPACV avaliou a real dimensão da doença venosa crónica em 20 localidades de Portugal continental, através da realização de inquéritos e rastreios. Das quase 5.000 pessoas que participaram nesta campanha, e após a aferição do seu grau de risco individual, foram referenciados 1.951 indivíduos.

Na apresentação dos resultados, que decorreu em fevereiro deste ano, Daniel Brandão, secretário-geral da SPACV e coordenador da campanha "Alerta Doença Venosa", explicou que os dados "demonstram que é urgente uma maior e melhor informação sobre a patologia, a sua evolução e cronicidade, pois a doença venosa é uma patologia grave, que deve ter acompanhamento médico, e que se encontra claramente subestimada”.

Na sua opinião, "quando não tratada adequadamente, pode progredir, levando a elevado compromisso da qualidade de vida".



Quanto aos sintomas mais comuns da doença, "são a dor, a sensação de pernas pesadas e cansadas, as pernas quentes, o prurido e o ardor”. Contudo, "habitualmente, estes sintomas são difusos, em regra, mais ao nível da perna e tornozelo. Os sintomas tornam-se mais intensos no final do dia e agravam-se com o calor ou quando a doente está muito tempo em pé, melhorando com a elevação das pernas e o descanso das mesmas e ainda com a colocação de meia elástica”, acrescenta o especialista.

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