Artur Condé homenageia diretores de serviço de Otorrinolaringologia

“A ORL portuguesa pode orgulhar-se dos seus serviços que, no campo assistencial e formativo, conseguem dar a resposta adequada às exigências atuais”, considerou Artur Condé, diretor do Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), ao intervir na cerimónia de abertura do 3.º Simpósio Internacional da Voz, que teve lugar em Vila Nova de Gaia.

A todas as sessões científicas do evento foram atribuídos nomes de diretores de serviços de ORL, que “tantas vezes trabalham em condições demasiadamente precárias e que, mesmo assim, conseguem congregar e motivar as suas equipas no trabalho assistencial que a sociedade nos exige”, observou Artur Condé.

O especialista deu ainda especial ênfase ao facto de o CHVG/E se encontrar numa fase de construção e melhoramento das suas instalações, o que não é bem visto por todos. “Esta grande revolução, num hospital que há cerca de 30 anos esperava um investimento que sempre tardou, causa um certo desconforto em alguns que, por cortesia, o dissimulam, mas que facilmente o revelam em atitudes pouco ponderadas que só se justificam numa lógica primária, de quem não gosta e se sente afetado ao ver o crescimento dos seus pares.”



Quanto a “quem não gosta”, Artur Condé diz não estar admirado face a essa atitude. “Infelizmente, na lógica da política atual, o interesse particular sobrepõe-se quase sempre ao comum. Felizmente, sabemos que o Conselho de Administração deste hospital, na pessoa do Prof. Doutor Silvério Cordeiro e da diretora clínica Dr.ª Fátima Lima, são um exemplo de tenacidade na defesa dos superiores interesses assistenciais da população dos concelhos de Gaia e Espinho.”

O responsável dirigiu ainda umas palavras ao homenageado do evento e presidente de honra do mesmo, Nelson Gama e Castro, que agradeceu a homenagem. “O Dr. Artur Condé sabe da surpresa que o seu convite me causou, por inesperado, não previsível e não justificado nesta fase da minha vida em que vou acompanhando os doentes restantes dos 55 anos da minha clínica privada. Hoje, são amigos doentes ou doentes amigos.”



Nelson Gama e Castro relembrou “o que era o ato médico, nos anos 60/80, a sua componente técnica e humana, o respeito da sociedade pelo profissional médico e a intervenção da Ordem dos Médicos na prevenção de desvios, nomeadamente, do marketing profissional”.

E deixou um alerta: “A produtividade e o lucro não podem destruir o Homem, a produtividade e o lucro não podem destruir o profissional, nem a ética. O poder económico – o capital – não pode destruir uns e outros.”

Na sessão de abertura estiveram ainda presentes Carlos Ribeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de ORL, Nuno Trigueiros, vogal da Associação Portuguesa de Otoneurologia, Miguel Magalhães, vogal da Direção do Colégio de ORL da Ordem dos Médicos, Fátima Lima, diretora clínica do CHVNG/E, José Carlos Pedro, da ARS Norte, e Manuel Monteiro, vogal da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.



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