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As expectativas para o 14.º Encontro Nacional das USF: «O que pretendem eles ouvir?»

A enfermeira Sofia Lemos, da USF Pulsar, aceitou o convite que lhe foi feito para presidir à Comissão Organizadora da edição de 2023 do evento mais importante da USF-AN (Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar) e resolveu empenhar-se a fundo na tarefa. 

“O que eu procurei fazer ao longo destes meses foi trabalhar com todo o empenho como se se tratasse de algo muito meu, como se fosse uma prioridade na minha vida, tal como um filho", afirma à Just News, acrescentando:

"Dediquei-me com toda a responsabilidade, atenção e carinho. O tempo que tenho despendido na organização do Encontro tem sido bastante, mas não podia fazer outra coisa senão ‘vestir a camisola’ da Associação a que pertenço."

Embora nunca tenha integrado os Órgãos Sociais da USF-AN, tem participado nas atividades da mesma, mas admite que o facto de ter coordenado o processo de vacinação contra a covid-19 no ACES Baixo Mondego contribuiu decisivamente para ter aceite o convite para liderar a CO do 14.º Encontro Nacional das USF. Na sua decisão pesou também o facto de ter o apoio e incentivo do seu diretor executivo, José Luís Biscaia.
 
Ministro da Saúde na Sessão de Abertura

Sofia Lemos garante ser “bastante dinâmica” e diz até “gostar muito de organizar eventos”, mas confessa que a construção do programa do evento foi um enorme desafio. Desde logo porque, desabafa, “na prática, é algo semelhante a ‘organizar uma festa na casa de outra pessoa’”.

O seu maior receio é não conseguir corresponder às expectativas da Direção e dos sócios da USF-AN! “O que pretendem eles ouvir? O que será neste momento mais importante que seja discutido naqueles dois dias do Encontro?”, foi esta a questão que mais vezes se lhe colocou. No entanto, “acho que tem estado tudo a correr bem!”, conclui.

Com a presença do ministro da Saúde confirmada, a Sessão de Abertura terá intervenções, nomeadamente, de André Biscaia e de Sofia Lemos. Tal como já é tradição, serão apresentados os resultados do Momento Atual dirigido aos coordenadores das USF – que este ano terão respondido em maior número do que é habitual –, iniciativa através da qual se pretende auscultar quem está à frente das unidades de saúde familiar sobre diversos aspetos.



Sofia Lemos

Convidando à participação no Encontro de Aveiro, a presidente da CO afirma ter sido prioritário criar um programa que incluísse temas “bastante interessantes e apelativos”, numa altura em que “vivemos uma fase de grande instabilidade e em que se procuram respostas para uma série de questões”.

Mas também é importante, no seu entender, a função que o evento tem de “promover o convívio entre profissionais que estão, neste momento, muito cansados e desmotivados e a quem faz bem ouvir ideias novas e partilha de experiências e práticas diferentes”.

Se há alguém que se assume declaradamente “defensora” do modelo USF é Sofia Lemos, que destaca o facto de “haver mais acessibilidade aos cuidados de saúde, um maior acompanhamento do utente inserido na família e na comunidade e uma superior personalização no atendimento”, salientando a importância da figura do enfermeiro de família.

Aliás, a nossa interlocutora salienta que ficou “muito feliz” com o convite que lhe foi dirigido para presidir à CO do 14.º Encontro “principalmente por ser enfermeira”.

Isto porque “acho fundamental que se olhe para as USF como locais onde todos somos importantes, onde todos fazemos a diferença, sejamos nós médicos, enfermeiros ou secretários clínicos”.

E mais: “Se estivermos todos envolvidos, se remarmos todos para o mesmo lado, torna-se muito mais fácil para as equipas e o utente também vai perceber que lhe prestamos melhores cuidados.”
 


A entrevista pode ser lida na edição de outubro do Jornal Médico dos Cuidados de Saúde Primários.

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