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Autoimunidade: «gestores da doença» reúnem-se em Coimbra

Dia 16 de abril tem início, em Coimbra, o IV Congresso Nacional de Autoimunidade, organizado pelo Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes (NEDAI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e presidido por Lèlita Santos. Na sua opinião, este encontro pretende, mais uma vez, afirmar o compromisso dos internistas no acompanhamento destes doentes, como os “gestores da doença”, e estimular a formação e a investigação na área da autoimunidade.

Em declarações à Just News Lèlita Santos refere que considera a Medicina Interna uma especialidade holística com “um reconhecimento e um protagonismo cada vez maiores”, mas, igualmente, “uma grande responsabilidade”. Por seu lado, “o NEDAI tem, neste contexto, essa mesma responsabilidade expressa na sua missão: promover a melhoria da qualidade assistencial dos doentes com patologia autoimune”.

“Os especialistas de Medicina Interna, com a sua visão global, são, sem dúvida, médicos particularmente vocacionados para a abordagem das doenças autoimunes, de forma abrangente e metódica, na sua variabilidade clínica, na complexidade da sua evolução, no tratamento e nas complicações, principalmente quando têm envolvimento multiorgânico”, indica.

O seguimento dos doentes deve ser partilhado entre a MI e a MGF

Segundo Lèlita Santos, a Medicina Interna e a MGF devem fazer o seguimento partilhado dos doentes com patologias autoimunes. “Em todas as doenças crónicas, o especialista de MGF tem um papel muito importante, pois, conhecendo bem o seu doente, poderá acompanhá-lo e ajudar no controlo da doença, na educação e ensino e na identificação de crises agudas ou de complicações que possam surgir”, aponta.

E desenvolve que também o controlo da adesão a algumas terapêuticas e o esclarecimento dos doentes relativamente a tratamentos que possam estar a fazer pode ser feito pelo médico de MGF, “poupando aos doentes deslocações às consultas de referência”.

A presidente do IV Congresso Nacional de Autoimunidade / XXI Reunião do NEDAI conclui afirmando que, ao suspeitar de uma doença autoimune, o MF deve, o mais precocemente possível, referenciar o seu doente para uma consulta diferenciada, onde será possível fazer o diagnóstico diferencial, por vezes, utilizando técnicas específicas, não acessíveis nos cuidados primários, que permitirão um diagnóstico seguro.

O programa pode ser consultado aqui.

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