Avaliação e vigilância cardíaca «quer para o atleta de alta competição como para o amador»

A avaliação pré-competitiva e a vigilância cardiovascular regular são fundamentais para os atletas, no entender de Lígia Mendes, do Centro de Cardiologia Desportiva e Miocardiopatias (CCDM) do Hospital da Luz, que organizou o 1st Sports Cardiology and Cardiomyopathies Meeting -- Cardiomyopathies and Athlete`s Heart.

Lígia Mendes disse à Just News ser importante fazer-se regularmente a vigilância cardiovascular, tendo em conta que os problemas que envolvem a prática desportiva são variados, quer para o atleta de alta competição como para o amador. “As complicações arrítmicas são as mais temíveis, muitas vezes estão associadas a miocardiopatias ou a doenças arrítmicas primárias, devendo ser excluídas antes da prática desportiva intensa, nomeadamente, no atleta com menos de 35 anos”, referiu.


Apesar dos benefícios do desporto e de os riscos estarem associados a vários fatores, é preciso ter cuidados redobrados com os praticantes com mais idade. “Nos atletas veteranos, cada vez em maior número, sobretudo antes do início ou do reinício da prática desportiva, a estratificação de risco deve enfatizar a identificação da doença coronária, a principal causa de morte súbita (> 80%) nesta classe etária”, mencionou a cardiologista Lígia Mendes.

O evento agora realizado contou com a participação de vários palestrantes estrangeiros especializados em Cardiologia Desportiva, como Antonio Pelliccia e Sanjay Sharma, autores da maioria das recomendações nesta área, Iacopo Olivotto, envolvido na investigação clínica e básica da miocardiopatia hipertrófica, e Kristina Haugga, com experiência em displasia arritmogénica do ventrículo direito.


Hélder Dores e Lígia Mendes.

A temática escolhida deveu-se, segundo Lígia Mendes, ao interesse que o CCDM tem nesta área. “Prestamos cuidados a todos os tipos de atletas (nível competitivo e recreativo), nomeadamente aos do SL Benfica, além de que o Dr. Hélder Dores estagiou nos maiores centros europeus de Cardiologia Desportiva, o Cardiomyophaties and Sports Cardiology Centre, no St. George`s Hospital, em Londres.”



Para além de Lígia Mendes, estiveram envolvidos na organização da reunião os cardiologistas Nuno Cardim, Hélder Dores e Alexandra Toste. De salientar que o CCDM existe desde dezembro de 2015 e tem como objetivo “fazer mais e melhor pelo atleta doente com miocardiopatia, num centro organizado, diferenciado e multidisciplinar”. Mas também se pretende chamar a atenção para “o problema tão atual e propagado das miocardiopatias e alertar para a importância da Cardiologia Desportiva”.

O evento contou com o patrocínio científico da Sociedade Europeia de Cardiologia e da Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva.





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