Cardiologia da ULS da Região de Leiria realiza os primeiros implantes de pacemakers sem fios

"Congratulamo-nos por ter uma equipa de pacing diferenciada em todas as técnicas praticadas na atualidade", afirma Hélia Martins, diretora do Serviço de Cardiologia da ULS da Região de Leiria, após a sua equipa ter realizado recentemente os primeiros dois implantes de pacemakers sem fios.

Até então, os doentes que necessitavam deste tipo de dispositivo, cujo  procedimento tem a duração de cerca de 30 minutos, eram referenciados para outro hospital.

A situação passa a ser muito diferente daqui em diante, conforme sublinha a médica: "Os doentes da ULSRL têm agora acesso à tecnologia mais avançada nesta área, sem terem de se deslocar ou de aguardar em listas de espera de outros hospitais."

Esclarece ainda que se trata de uma técnica "que se utiliza em doentes que não têm veias capazes de fazer um implante tradicional ou em que exista necessidade de preservar essas veias, por exemplo, doentes em diálise, ou então em doentes com elevado risco de infeção". E sublinha: "Estes novos sistemas são isentos de infeções".


Rodeada da sua equipa, Hélia Martins, ao centro, exibe o dispositivo

O pacemaker é um dispositivo que monitoriza a frequência cardíaca e envia pequenos impulsos elétricos indolores para o ventrículo direito para iniciar cada batimento cardíaco, apenas quando necessário. Este dispositivo é indicado para o tratamento de bradicardia (pulsação lenta) ou de insuficiência cardíaca, com melhoria da sintomatologia e do prognóstico.

"O sistema de pacemaker, ligeiramente maior que uma cápsula, fica totalmente introduzido dentro do coração, incluindo a bateria e o gerador de energia, ao contrário do dispositivo convencional, em que parte do sistema fica subcutânea", explica a médica cardiologista da ULSRL.

E acrescenta: "A introdução do dispositivo é feita por via venosa, geralmente da região inguinal, o doente fica sem cicatrizes e tem uma recuperação muito mais rápida."


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