Cardiologia: peritos discutiram importância das técnicas de imagem na prática clínica
“Controvérsias em Cardiologia” é o nome da reunião científica organizada pelo Serviço de Cardiologia de Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (CHLO) que se realizou, esta quinta-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. O objetivo foi, segundo Miguel Mendes, diretor daquele Serviço, refletir acerca do contributo que as novas técnicas de imagem podem trazer para a prática clínica.
“Desde há um ano, o Serviço tem um equipamento novo de ressonância e angioTAC. Além de haver aqui uma tomada de consciência de que dispomos deste instrumento, pretendemos, sobretudo, que os médicos mais velhos passem a contar com estas tecnologias na sua prática clínica e que, por outro lado, os mais novos não se limitem a crer que as soluções vêm todas das técnicas e que integrem a clínica diária”, afirma Miguel Mendes, também presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.
E acrescenta, justificando, assim, o lema da reunião: “Controvérsias”: “No fundo, o que pretendemos é reaprender a nossa prática com este contributo, que é, com certeza, muito importante, mas nunca será tudo em Medicina.”
Com esta iniciativa, o Serviço tem, ainda, como finalidade "fortalecer o grupo" e reunir também os profissionais que já não colaboram com este espaço, a fim de “celebrar tempos passados e juntar a família de Santa Cruz”.
Miguel Mendes conta que esta é a quarta edição da reunião “Controvérsias em Cardiologia”. A primeira realizou-se há mais de 20 anos, altura em que Ricardo Seabra Gomes era diretor do Serviço, e a última em 2008. “Temos intenção de recuperar a ideia e tornar este evento anual. É sempre um ponto de união e projeção do grupo”, observa.
Para terminar, e não querendo destacar nenhuma temática em particular, Miguel Mendes faz referência à presença dos dois convidados estrangeiros, Vitória Delgado, cardiologista catalã, que veio de Leiden, Holanda, e fez uma apresentação subordinada à temática “Abordagem do doente com cardiopatia isquémica e insuficiência cardíaca: papel das técnicas de imagem não-invasiva na escolha de uma estratégia terapêutica”. Já Eustachio Agricola, cardiologista de Milão, falou sobre “Insuficiência mitral funcional: um problema, diferentes soluções”.
“Ambos são peritos europeus nesta área e vieram para nos ajudar a refletir sobre esta temática”, conclui Miguel Mendes.
Na mesa de abertura estiveram, para além de Miguel Mendes, Rita Perez, diretora clínica do CHLO, bem como Ricardo Seabra Gomes e João Queirós e Melo, antigo diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Cruz, ambos primeiros organizadores da reunião “Controvérsias em Cardiologia”.